↠☾↞ História fiel a lore dos personagens.
Aphelios sempre fora devoto a sua religião, sempre se sacrificando em prol do seu clã. Mas após uma viagem para cumprir uma missão e coincidentemente salvar a vida da mãe de Sett, Aphelios desperta sentimen...
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Antes de abrir os olhos, a primeira coisa que Aphelios sentiu foi um misto de sensações acolhedoras. Sentia um calor aquecer o seu corpo, um leve peso sobre seu peito, um carinho aconchegante nos cabelos e um cheiro que o acalmava. Suspirou um pouco manhoso desejando ficar ali por mais tempo. Querendo adormecer novamente, tentou se lembrar do sonho agradável que tivera para tentar continua-lo, visto que não se lembrava, por mais recente que fosse. Se recordava apenas de algumas imagens desconexas com flores de cerejeira, escadas, templos, árvores gigantes, rios, pontes de madeira, alguns seres místicos... e esse mesmo cheiro que sentia.
Aphelios respirou fundo, inflando seus pulmões com o perfume. Não era o cheiro artificial de colônia também gostosa que perdia seus sentidos, era aquele cheiro em específico, o mesmo que o tirava do eixo, que o deixava sem forças, que o atordoava e o hipnotizava. Era o cheiro que lhe trazia segurança, ao mesmo tempo que o deixava em perigo. Era o céu e o inferno ao mesmo tempo. A paz e o tormento; o carinho e a luxúria.
A fonte estava ali, do seu lado. Buscando aspira-la com mais intensidade, moveu-se momentaneamente, e no mesmo instante, uma dor alucinante arrastou por toda sua consciência, o fazendo acordar no mesmo instante.
— Ghh...!! — apesar de ter se esforçado para não esboçar, a dor fora tão forte que escapou de sua garganta. Abriu os olhos, enquanto forçava o seu corpo a compensar a dor em outro lugar que não fosse seu abdômen. Quando tentou abraçar a sua barriga, notou um acesso em seu braço.
— Aphelios. — uma voz calorosa chamou sua atenção, fazendo-o virar para si. Era Sett, com seus olhos doudados preocupados. Ele estava ali, deitado ao seu lado, o olhando preocupado. Ele era provavelmente dono do carinho e do calor que recebia.
Mas por que... por que Sett estava deitado consigo, o abraçando?
— Calma, eu vou pedir pra te darem mais analgésicos.
Como um flash, toda a realidade desabou sobre sua cabeça. O torneio, a tentativa dos Solaris de matá-lo, a ausência de Noctum em seu corpo, consequentemente a desconexão com Alune; a luta desastrosa contra Sett, a qual inclusive tentou matá-lo; e a falha no acordo com Akira.
Aphelios assistiu Sett se levantar, e naquele instante, sentiu sua consciência ruir.
Estava sem Alune.
Estava sozinho.
Odiava estar sozinho.
A solidão o assombrou e o fez reagir inconscientemente, segurando a mão de Sett para impedi-lo de ir. O ioniano o olhou curioso.
— Que foi? — ele perguntou, vendo os orbes negros o olharem com certo desespero.
Aphelios percebeu sua ação, e arrependido, soltou-o no mesmo instante. Com certa relutância tentou respondê-lo em sinais, mas se lembrou que não precisava mais.
