Orbitando

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Curiosidade:
Aphelios vem de aphelion (inglês), e afelios (português). Significa o ponto da órbita em que um corpo astronômico do sistema solar está mais afastado do Sol.

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Aphelios foi recepcionado por uma voz marcante quando adentrou a casa pela mesma janela que havia utilizado na madrugada anterior:

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Aphelios foi recepcionado por uma voz marcante quando adentrou a casa pela mesma janela que havia utilizado na madrugada anterior:

— Estive à sua espera. Estou aqui na cozinha, venha.

O invasor o fez, caminhando até o cômodo que tinha as luzes ligadas. Havia um cheiro de tempero, o som de chamas e um cozinheiro com cabelos curtos cor de mel, olhos escuros e pele bronzeada. Não parecia alguém influente apesar do terno que trajava.

— Essas tatuagens... você é o estrangeiro que atrapalhou os meus planos. — ele se virou, mas mesmo com as palavras, esboçava um olhar gentil. — Por quê? Você sequer conhecia a vastaya.

Aphelios permaneceu em silêncio e Alune também. Analisavam o homem à sua frente, sem entender as suas intenções.

— Eu vi o que você fez com meu amigo, e talvez você já saiba que é capaz de fazer o mesmo comigo. — o homem comentou, enquanto voltava a mexer na panela que fritava alguma comida que o rapaz desconhecia. Mesmo tendo reconhecido sua inferioridade, confiava ao invasor suas costas, e aquilo intrigava os irmãos. Aphelios identificou um sorriso inexperado por parte do desconhecido. — Bom, infelizmente eu sou um humilde negociador, e só funciono com base em trocas. Então se você quer algo de mim, devemos barganhar.

Aphelios observou o cozinheiro desligar o fogo e pegar a frigideira para despejar o conteúdo em um prato. De bom humor o homem cantarolava, finalizando o sabor da comida com alguns ingredientes que exalavam um aroma sutil. Ele se aproximou da mesa da cozinha e se sentou, indicando o assento à sua frente.

— Sente-se meu amigo. — ele sorria, uma expressão amigável, típico dos ionianos. — Você aceita um pouco?

Aphelios negou, incomodado pela referência que lhe fez. Não entendia a necessidade que aquele povo tinha em forçar amizades e proximidades, mas apesar disso, sentou-se na cadeira em frente ao homem.

— Não tá envenenado! Bom, dessa vez. — o homem gargalhou, fazendo o rapaz semicerrar os olhos pelo comentário descarado. Com um garfo e uma faca, começou a se alimentar e Aphelios notou seus modos. — Bom, eu sou Akira, cunhado da loira que envenenou a vastaya. Ex cunhado, na verdade. — corrigiu. Aphelios se lembrou que o barman havia mencionado que alguém havia morrido. — Você é um homem-lua? Achei que não passavam de mitos dos aventureiros. Targon é conhecido pelos seus desafios.

Enquanto mastigava, Akira percebeu que seu convidado era de poucas palavras.

— Muito bem, hoje eu estou de bom humor, e eu sei que caladões como você têm muitas razões por trás de seus silêncios. Enfim! Você gostaria de comprar minha informação? É sobre a flor da Lua não é?

O seu escolhido da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora