... E desencontros

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Aphelios guardava suas coisas na mochila com certa pressa, apesar do cuidado que ainda assim conseguia ter

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Aphelios guardava suas coisas na mochila com certa pressa, apesar do cuidado que ainda assim conseguia ter. Cada barulho externo ao quarto acelerava seu coração como se fizesse algo errado e estivesse prestes a ser pego. A verdade é que havia se decidido, impulsivamente, a sair do abrigo dos vastayas.

Alune se conectou sem aviso prévio:

"Aphelios? O que está fazendo?"

A voz de Alune descompassou o seu coração, mas ainda assim não esboçou o seu susto. O mais novo respirou fundo, um pouco incomodado pela situação que se encontrava.

"Vamos nos hospedar em algum hotel próximo a Arena." pensou em resposta, e criou logo uma razão: "Vou estudar as lutas."

"Não seria melhor economizar?"

"Já ficamos tempo demais. Lisi acordou e meu trabalho aqui está feito."

Alune ficou em silêncio por alguns instantes, observando o comportamento do irmão. Havia se conectado para contar sobre... a visita que recebera. Mas ver o seu irmão mudou o rumo das coisas. Era a primeira vez que o via tão ansioso.

"Phel. O que está acontecendo?"

A falta de resposta preocupou Alune. Observou a expressão do irmão, o cenho e os lábios franzidos. Estava nervoso, mas por quê?

O coração acelerou.

Não... será que ele... descobriu antes que contasse?

O corpo congelou.

Não, acalme-se. Pensou. Ele não conseguiria. É impossível. Mas... se Pantheon e Yuumi conseguiram alcançá-la no plano espiritual... por que Aphelios não seria capaz?

Alune estava paralisada. O peito se apertou como se estivesse prestes a infartar, e finalmente o peso de suas ações havia despencado em sua cabeça: havia traído a confiança do seu irmão. Havia se envolvido romanticamente com um Solari!!!

Aphelios estava tão perdido em seus próprios pensamentos que não sentiu a diferença do peso em seu peito vindo da ligação de Alune, assim como ela não percebeu a angústia vindo do irmão.

Ambos estavam em seus próprios conflitos, e pela primeira vez, não sabiam como resolvê-los juntos.

Aphelios fechou a mochila, a colocou nas costas e organizou o quarto pela última vez. Por que aquilo parecia como uma despedida de alguém querido? Apertou os punhos, impotente. Por que cortar o vínculo com aquele meio-vastaya era tão doloroso? Nunca precisou de ninguém além de sua irmã, por que agora parecia tão solitário?

Virou-se de costas, mas antes de abandonar o quarto, seus olhos caíram sobre o guarda-roupa de Sett. Friccionou os dentes, segurando o impulso desconhecido de abri-lo e vasculhar aquele cheiro.

Apertou os dedos com força, e respirando fundo, abriu a porta.

Topar com Sett foi a última coisa que esperava acontecer.

O seu escolhido da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora