Peônias

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Era fatídico

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Era fatídico.

Jhin sentia estranhas sensações em seu corpo, desde suas entranhas se revirando até seu coração se apertando como se desse um nó. Por que seus dedos tremiam e sua mão suava mesmo estando tão fria?

Quando o horário combinado chegou, Jhin não havia se deparado com sua Julieta. À cavalo, ainda com o lampião em mãos, cavalgou pela floresta a procura de Aphelios. Estava sem rumo, sem saber qual direção seguir, mas foi vagando que se lembrou que o targoniano desejava subir em um local mais alto para observar a lua. Decidiu então seguir a inclinação do solo, sabendo que logo à frente encontraria um precipício. 

Apesar de sua vontade de encontrar Aphelios, sua raiva e decepção o fez desejar se vingar, afinal, ele havia fugido, quebrado o acordo que fizeram. Ele havia ido para um lugar o qual não havia permitido, portanto, deixando o cavalo para trás, Jhin decidiu ir a pé para pegá-lo desprevenido. 

Khada franziu o cenho quando o lampião fez um metal refletir a sua luz. Foi quando se lembrou que distribuiu armadilhas por toda a floresta, mas que por algum motivo não havia se deparado com elas. Se aproximou do objeto metálico, percebendo que se tratava de sua armadilha em rosa despedaçada, e aquilo o fez arregalar os olhos em surpresa. Como sua armadilha estava destruída sem ter explodido o chão?

Jhin empunhou sua pistola, arrumou o porta projetis no ombro e arrumou o cano longo em suas costas. Seu pressentimento o fez carregar todos os equipamentos para buscar por Aphelios. Ele não seria capaz de fazer desarmar suas armadilhas sozinho.

Um presentinho de Piltover: Khada acoplou um silenciador em Sussurro. Ele desejava caçar o Lunari, apunhalá-lo em silêncio e traí-lo como foi traído. Feri-lo. E depois lhe daria uma última opção de escolha: amá-lo ou morrer. Algo o dizia que seria a segunda opção, e, bom, pelo menos Aphelios ficaria ainda mais belo.

A velocidade de Jhin era algo que ele se orgulhava. Por ser rápido, atleta e muito alto, seus passos largos eram algo que garantia sua agilidade. Quando enfim alcançou o precipício, se deparou com o local vazio, e antes que tomasse alguma observação precipitada, Jhin analisou a situação. Era evidente que Aphelios estava com pensamentos suicidas, havia observado suas intenções desde que teve que o interromper de enforcar, e à primeira instância, o ioniano temeu que tivesse chegado tarde. 

Mas se tratava de Khada Jhin, nada passaria despercebido. Aquele cheiro leve de colônia cara, um cheiro meio animalesco. Caminhou por um instante, olhando para baixo, para possíveis rastros. As gramas estavam amassadas, formatos de pés maiores que o seu, e marcas de duas pessoas sentadas próximas a uma árvore. Jhin se abaixou e tocou a casca da árvore, a analisando com precisão.

Um fio vermelho rosado, grosso e levemente áspero.

O seu sangue borbulhou de ódio, e uma fúria se instalou em seu peito.

O seu escolhido da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora