Perseguição

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Sett não ficou de braços cruzados

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Sett não ficou de braços cruzados. Assim que a carruagem se foi, o meio-vastaya não perdeu tempo para agir. E sabendo que poderia ser facilmente reconhecido com o seu jeito de se vestir, além dos seus cabelos e orelhas avermelhados, buscou por qualquer pessoa que usasse alguma roupa que lhe servisse e que cobrisse seus traços. Seus olhos caíram em um cara que usava uma blusa preta com um capuz bem largo e decidido correu até ele, tirando o seu sobretudo com pêlos roxos para atira-lo na cabeça do homem, que se assustou.

— Che– Chefe?! — o homem o reconheceu.

— Me dá sua blusa.

O homem arregalou os olhos, sem entender.

— Agora! — Sett ordenou sem paciência, e nervoso, o homem finalmente tirou a peça de roupa, dando ao Chefe que a pegou e começou a correr enquanto a vestia.

Sett sempre foi apegado àquele sobretudo de pêlos, desde que seus olhos o viram havia decidido que seria seu. Precisou juntar mais grana, mesmo já estando no cargo de chefia, para ter o suficiente para comprá-lo e transformá-lo em sua marca. É, foi uma nota preta, e certamente teria garantido a vida daquele cara e de mais duas gerações com aquela decisão, mas aquilo não era mais importante para Sett, não quando ele havia descoberto algo muito mais valioso do que aquilo. Afinal, a vida do seu amado estava em jogo.

Sem deixar de correr, Sett vestiu o capuz, cobrindo seus cabelos e suas orelhas, enquanto arrumava o rabo debaixo de sua calça, já que agora não tinha o sobretudo para esconde-la. Torceu o nariz com o cheiro de perfume barato impregnado na roupa, mas tentou se convencer de que era um fator positivo: caso Jhin tivesse um bom olfato, não o reconheceria. Mas Sett sabia que humanos não eram tão sensíveis assim, apesar de duvidar que aquilo era um ser humano.

Precisou se concentrar absurdamente para neutralizar o cheiro do perfume na sua percepção, visto que era tão incômodo que poderia até atrapalhar o seu olfato que o guiava até Aphelios, porém, por sua sorte, foi capaz de encontrar o rastro doce que o aroma de Bolinho da Lua deixava, um aroma que parecia ter sido feito para si.

Canalizada em si, Yuumi esporadicamente usava sua magia para conceder maior velocidade para o meio-vastaya, aumentando também a sua estamina. Estava tão concentrado perseguindo que o resto do dia se passou sem que percebesse. Foi quando a Lua apareceu que finalmente sentiu o veículo parar.

Sett, escondido, olhou para todos os lados tentando reconhecer onde estavam. Era em uma vila de Navori, à leste da Área Central. Seus olhos perceberam uma movimentação dentro do veículo, e quando viu Jhin descer da carruagem, com Aphelios desacordado em seus braços, seu sangue ferveu. Pronto para reagir, apertou os punhos já concentrando sua força.

— Sett, deixa de ser besta! — Yuumi cochichou, mesmo que brava. — Se você fizer alguma coisa sem pensar, só vai botar ele em perigo!

Sett forçou sua mandíbula, rangendo os dentes em ódio. Infelizmente Yuumi tinha razão, Jhin era muito bom em usar reféns. Quis urrar e socar qualquer coisa que estivesse em sua frente, mas antes que diferisse um soco no chão, a gata o repreendeu novamente:

O seu escolhido da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora