Acordo

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Noctum.

Um nome que tirava a sua sanidade.

Desde que Jhin havia comentado que o daria, Aphelios saiu de si. O coração batia tão forte e acelerado que ecoava em seus tímpanos e pulsava por todo o seu corpo. Não pôde dormir, e mesmo com os medicamentos que Jhin lhe deu, o sono não alcançou sua consciência. Pelo menos os ferimentos não doíam mais devido a analgesia, então Aphelios estava decidido em melhorar, ou pelo menos, mostrar a Jhin que estava melhor.

Passaram-se dois dias desde a promessa, onde Jhin havia mantido distância, deixando Aphelios sozinho, sem sua presença para estressá-lo. Teria dado resultado, isso se Aphelios não estivesse passando por um período de abstinência. Quanto tempo havia se passado desde o último gole de Noctum? Havia sido no dia da Arena, antes de lutar com Draven. Desde a luta contra os Solaris, onde gastou até a última gota da essência que tinha, se desintoxicando e voltando a falar, Aphelios não possuía o poder de Noctum. O gosto da essência era horrível, mas precisava, era necessário e fazia falta.

Decidido, buscou por Jhin na mansão a fim de convencê-lo de que estava bem o suficiente para receber Noctum, e não foi uma surpresa quando o viu no quarto de pintura, deslizando o pincel, espalhando a tinta artisticamente. Khada estava tão concentrado que nem percebeu sua presença.

— Estou pronto. — Aphelios disse, atraindo a atenção de Jhin, que deu um leve solavanco, mas que sorriu.

— Bom dia, meu querido, como você—

— Menos. — Aphelios o interrompeu, mas aquilo não incomodou o ioniano, que mostrava um olhar carinhoso. — Cumpra sua promessa.

Jhin descansou o pincel no pote que usava para limpá-lo e se levantou, caminhando até Aphelios.

— É claro, meu querido. Venha comigo.

Ser chamado daquela forma era nauseante, mas mesmo assim Aphelios o seguiu, mantendo alguns passos de distância. Reconheceu o caminho, e quando soube estar prestes a chegar àquela porta onde havia caído em uma armadilha, Aphelios começou a ficar taquicárdico de tanta ansiedade. Diziam que Noctum era uma flor sem cheiro, mas para o Lunari ela tinha um odor inconfundível. E era esse o cheiro que passou a sentir assim que Jhin destrancou a porta, abrindo uma frestra que permitiu a fragancia alcançar a consciência de Aphelios.

Seu coração acelerou como nunca, tão rápido que doía, como se estivesse prestes a saltar do seu peito. A boca seca, o sangue esguichando em suas artérias tão forte que escutava no fundo dos seus tímpanos. O suor molhava sua testa, e a mão quente de Jhin segurou a sua com força, sendo incapaz de impedi-la de tremer.

— Aphelios, você está bem? — a voz de Jhin soou tão baixa e distante que não alcançou sua consciência.

Aphelios se desesperava. Sua audição começava a se tapar e a sua vista escurecia ao redor do seu foco. Alcançou a porta com sua mão, tentando empurra-la para enfim ter a visão do seu objetivo de estar naquele fim de mundo, quando sentiu a mão de Jhin segurar o seu pulso.

O seu escolhido da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora