Conexão

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Um toque na porta fez Aphelios acordar

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Um toque na porta fez Aphelios acordar.

— Ei, tá tudo bem aí? — era Sett. — Se tu tiver bem, faz, sei lá, algum barulho aí.

Aphelios aclarou a garganta, constrangido por ter adormecido.

— Cochilou, né? Tem problema não, mas é melhor sair daí ou vai resfriar.

O Lunari, envergonhado, obedeceu e saiu da banheira para se enxugar após esvaziá-la. Vestiu uma roupa confortável, juntou as sujas, a toalha e se retirou do banheiro junto com o vapor concentrado do cômodo. Anika apareceu, lhe instruindo onde pendurar a toalha e lavar suas roupas.

Enquanto Aphelios ensaboava os tecidos na lavanderia, Sett escorou na porta.

— Já tem algum lugar pra ficar?

Aphelios o olhou, vendo provavelmente sua expressão costumeira: um rosto calmo, um olhar quase desinteressado, mas com certo charme. Tinha traços fortes e masculinos, o maxilar marcado, sobrancelhas grossas, uma cicatriz longa que atravessava o nariz fino, e outras na bochecha direita. Seus fios vermelhos rosados caíam sobre o rosto, era uma cor completamente diferente dos fios da sua mãe. E finalmente como resposta, o Lunari acenou negativo.

— Fica aqui. Tô te devendo muito, é o mínimo que posso fazer. — o vastaya sorriu de canto. — Vô aprender a tal língua dos sinais, e vai ser mais fácil pra gente trocar ideia.

Aphelios suavizou sua expressão, e Sett entendeu que aquele era o mais próximo de um sorriso que o estrangeiro poderia fazer.

— Pode se sentir em casa, beleza? Tu já é meu mano. — Aphelios agradou do jeito despojado daquele ioniano. — Vô arrumar teu quarto então, a Anika saiu pra descolar uma janta pra gente, ninguém aqui além da mammys sabe mexer com a cozinha.

Aphelios acenou positivo, sendo deixado só para terminar sua tarefa, e assim que a fez, foi até a cozinha para servir o chá que fez anteriormente, adicionando um filete de mel. Aspirou o cheiro adocicado, e satisfeito, levou duas xícaras ao quarto, se deparando com Lisi que ressonava em um sono tranquilo, fato que tranquilizou o coração de Aphelios.

— Cheiro bom. — o vastaya adentrou o quarto e o Lunari lhe entregou uma das xícaras, deixando outra sobre a cômoda ao lado.

Aphelios fez alguns sinais devagar, apontando para o chá, Lisi, e sua garganta. Através da conexão com a leitura labial que fazia, Sett pôde entender:

— O chá vai ajudar a aliviar a dor na garganta da mammys? — Aphelios acenou positivo, e Sett se empolgou por ter entendido. Descansou a sua xícara também. — Continua, tô pegando o jeito.

Aphelios se entreteu conversando com o vastaya, o ritmo era lento, mas estava dando certo. Alune acabou acordando com a voz animada de Sett, e achou bonitinho como ele se empenhava em guardar os sinais, mas manteve a sua opinião oculta, enquanto começava a estranhar aquela situação. Observava seu irmão se empenhar em ensinar àquele vastaya os sinais mais básicos da libras e os termos mais comuns, e às vezes até utilizava um caderno para escrever o significado quando não conseguia explicar. Mas por quê? Alune se perguntava. Por que o seu irmão se empenhava tanto? Até os chás, que eram o objetivo anterior de Phel, foram esquecidos e esfriaram.

O seu escolhido da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora