18 - O amigo dela

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Hakon

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Hakon

Merda, esse não é o tal guerreiro comanche que a Marfa falava que era o amor da minha mulher? Era só o que me faltava. Esfrego o rosto. Só pode ser um pesadelo.

- É ele o tal amor da sua vida? - Falo sem fazer a menor questão de esconder o meu ciúme.

- Você é o amor da minha vida. - Ela diz em frente a todos, que estão assistindo a tudo, num silêncio sepulcral. - Ele, eu achei que fosse amor, mas era um encantamento. O amor que eu sinto por ele é amizade, Hakon.

-, Amizade? Encantamento? - Só em imaginar você encantada por outro homem... Merda. - Estou a ponto de explodir.

- Desde que nos encontramos, nada mais faz sentido se não for você, então, mude essa cara. Eu estava sofrendo dores horríveis, enquanto Merly contava quantas vezes transou com você. Dizendo o que faria quando estivesse em meu corpo. Só não aja como se eu não sofresse em saber dela da Cil e tantas outras.

Se vira e sai da sala. Com um olhar, peço licença a todos e vou atrás dela. - Ei, me desculpe. Mas você tem ideia do que é ouvir a possibilidade de você fazendo sexo com outro? Eu não sei controlar esse sentimento. Ele é tão novo aqui dentro. Eu te amo Manuela e dói a eternidade imaginar outro tocando em você.

- Como você acha que me sinto em ficar cruzando com mulheres esteve em sua cama? Uma delas usou minha essência e te fez dormir com ela, durante uma noite toda. Eu também não sei controlar meu ciúme, mas diferente de você, acabo machucando pessoas.

A puxo para mim. Ficamos abraçados. Preciso sentir seu corpo próximo ao meu, seu cheiro e só assim a áurea de raiva vai se abrandando.

- Quando eu disse que se não fosse com você, eu teria uma vida com ele, isso não poderia acontecer. Não consigo imaginar minha vida sendo tocada por outras mãos. - Ela me abraça mais apertado. - Seria uma violação muito grande.

- Vamos voltar. Temos que achar uma solução. Quero você inteira pra mim e criar o vínculo, você sendo mortal, me preocupa.

Voltamos e recomeçamos a tentar resolver a situação da minha amada.

- Eu posso falar com ele. - Marfa diz. - Somos bons amigos. Mas não sei como ele reagirá se eu contar essa história. - Ela nos encara. - Convenhamos, que ela é bem bizarra.

- Não, precisamos traze-lo para cá. Ele não vai sair do povo dele assim, sem uma razão importante. Mas se eu chama-lo, ele virá. - Manuela diz me olhando. Travo a mandíbula, mas não posso interferir.

Após muita conversa, ficou decidido que eu, Manuela, Marfa e Haskia iríamos para a região do povoado comanche. As duas falariam com ele e depois nós explicaríamos tudo e teria que torcer para que ele aceitasse ser o receptor do tal poder.

Chamo minha bruxa para uma conversa num canto. - Acha que dará certo?

- O ritual do ato sexual é mais confiável, mas eu sei que você não permitirá. - Essa bruxa perdeu o medo de morrer em continuar a insinuar algo assim, só pode.

Hakon  e o preço da dúvida - Livro I - Os Escolhidos Onde histórias criam vida. Descubra agora