Manuela
Um mês depois.
— Não acha que já podemos voltar ao mundo real? — Pergunto para meu querido, que está deitado com a cabeça em meu ventre, que não deu nenhum sinal de crescimento.
— Por mim, ficaria eternamente aqui. O mundo além dessa ilha é tão frustrante e cheio de problemas.
— Mas os outros escolhidos precisam de você. Francis parecia preocupado, na última vez que veio aqui.
— Uma possível guerra no mundo sobrenatural. Demônios estão se rebelando, eles fazem o caos na terra, e isso não pode acontecer.
— O demônio disse mais alguma coisa? Quando eles vieram juntos, pude perceber uma inquietação nele.
— Ele sabe que a raça dele é um tanto complicada, eles não se importam em manter humanos subjugados apenas para demonstrar superioridade.
— Então acho que sairmos daqui é uma decisão acertada. Hora de encarar o mundo real.
— Eu não queria você fosse. Posso simplesmente dizer não a eles e continuamos aqui. — Ele se senta de frente para mim.
— Você sabe que essa alternativa não existe. Você não consegue não se importar, você é bom demais para isso. E eu vou onde você estiver. Não me faça ficar longe outra vez.
—Não será como da outra vez, lá eu agi muito errado com você, meu amor. — Ele me beija. — Mas não repetirei esse erro. E agora com o bebê a caminho... Pode ser perigoso.
— Não existirá lugar mais seguro que ao seu lado. Eu não ficarei aqui.
— Você é muito cabeça dura, minha linda. Sair do conforto do nosso lar, seu jardim, eu volto para cá, todos os dias.
—Não. Sabe que ficar longe é difícil, fico em Argo, lá é protegido, não vou para o campo de batalha, mas não decida ir sem mim. Isso é inegociável.
Ele me puxa para seu colo. — Não precisa ficar assim, você irá comigo. Minha primeira luta perdida.
— Com toda certeza, não será sua última derrota. — Agarro seu pescoço e o beijo desesperada, louca pra tê-lo dentro de mim. E assim ele faz, me dando perfeitos orgasmos.
Mais tarde, naquele mesmo dia, chegamos a Argo de helicóptero, trazendo Cicera conosco.
— Olha quem finalmente saiu da toca. Ou melhor, da ilha. — Sorrio para o demônio.
Rav vem até nós e me puxa para um abraço, posso ouvir um resmungando do Hakon, mas não me faço de desentendida e abraço o apertado.
— Você poderia se afastar só um pouquinho da minha mulher? — Ele fala e olha de forma irritada em direção a Ravana.
— Eu posso te dar um abraço também, se isso te deixar feliz, Hakon. — Ele abre os braços e vai em direção ao meu guerreiro. Que sorri e o empurra, mas depois o abraça e ambos trocam socos e tapas. Coisa de meninos.
Reviro os olhos para as duas crianças de dois metros de altura, Rav está parcialmente transmutado, deixando seus chifres a mostra.
Então ele volta a ficar sério. — Precisamos conversar. — Logo Francis aponta no alto da escadaria, faz um breve sinal pra mim, com um sorriso mínimo que faz seus lábios curvarem brevemente.
Segundo Hakon, ele tem ficado mais irritado e ansioso para encontrar sua predestinada. Dos três foi que sempre mais sofreu.
Sua natureza lupina, pede uma companheira e mesmo ele sendo tão frio quanto Hakon, nas noites de lua cheia, ele sempre saio em busca do que sabia não existir, sua alma gêmea.
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Hakon e o preço da dúvida - Livro I - Os Escolhidos
RomanceConteúdo adulto. 🔞 Uma profecia fora lançada. Ele foi criado pelos deuses. Hakon, um guerreiro forjado para lutar, vencer, conquistar e nunca morrer. Era um dos escolhidos. Mas depois de quase dois mil anos, o mundo ficou intediante. As lutas cor...