Idiotas!
Essa professora é um deles também...
Em meus 17 anos de vida, nunca pensei que passaria tanto sufoco.
O barulho das vozes finas e grossas soam em meus ouvidos de forma irritante, enquanto tento me concentrar em minha lição. Desisto de tentar, pego o meu fone e celular velho que minha mãe teve a audácia de me dar. Coloco em minha playlist e consigo me concentrar.
Termino de responder as questões na folha de meu caderno. Vou até a professora, mas antes tiro o fone de meu ouvido.
A fila de crianças vai andando, até chegar na minha vez. A mulher de 34 anos, nem pega meu caderno, apenas me olha com desprezo. De novo não...
--- Você está ouvindo algo? --- Ela diz olhando para o fio do fone em minhas roupas.
--- Não --- Digo. Ela estava cega? Eu não estava com 'quela merda em meus tímpanos. Ela nem me pede, apenas pega o celular e coloca o fone em teu ouvido. Que filha da...
--- Está ouvindo, sim --- Ela deixa o aparelho em sua mesa. Que vadia!
Meu corpo inteiro treme por puro ódio e desprezo.
Suspiro e conto mentalmente. Ela me diz para me sentar e quando estou voltando para o meu lugar, tropeço em algo e quase caio. Quando olho para trás, vejo um dos delinquentes da sala rindo de mim com seu pé para fora da carteira.
Que vontade de pegar aquele maldito pescoço e torcer até seus engasgos se cessarem...
Volto para o meu lugar com minha raiva transbordando.
A professora desce com o meu celular. Coloco as mãos em minha testa. Que droga!
--- Adam, venha aqui --- Minha vontade foi de falar "vai tomar no meio da sua bunda" era grande, mas como eu era "exemplar" tive que ir na força do ódio.
Vou até ela e a mesma está com um caderno de anotações pra quem faz coisas erradas. Fudeu!
Nesse mesmo instante, a professora da disciplina matemática entra.
--- Ei, Vilma! O Adam fica com o celular em sua aula? --- O poste português pergunta para o porco baixinho.
--- Depois que ele acaba a lição ---
--- Com permissão? ---
--- Não. Ele fica com isso direto. Eles fazem oque querem --- Logo em seguida ela sai.
Que porra?! Maldita!
Ela mesma dizia que não se importava! Que vadia!
Ela apenas pega sua caneta e anota oque eu "fiz".
Ela está com um papel com uma convocação. Eu posso me matar?
A mais velha ainda faz eu assinar a ocorrência.
--- Pegue o seu celular lá em baixo, a coordenadora irá te entregar. Eu não entendo, Adam, você é excelente, todos os professores e colegas gostam de você inclusive eu, mas você está se comportando de forma inadequada --- Ela diz olhando para mim, enquanto eu apenas a encarava com frieza e ranço.
Te dizem que você é o melhor
Mas assim que você vira as costas, eles nos odeiam.
Oh, que miséria! Todos querem ser meus inimigos!
Poupe a simpatia.
Todos querem ser, meus inimigos!(...)
Quando iria pegar o aparelho eletrônico depois de longos minutos ouvido a coordenadora, uma outra mão o pega. Ah não!
--- Quero entregar para a mãe dele --- A mulher de hoje cedo está com meu celular em suas mãos. Minha vontade era de chorar, porque quanto mais eu tento, mais eu falho?
(...)
Enquanto ando nervoso com a mulher ao meu lado procurando o carro de minha mãe que havia "prometido" me buscar.
Faço isso, com minha voz interior me condenando e dizendo oque poderia fazer com a mais velha.
Eu especulo que você seja mais um guerreiro ambicioso
Que quer roubar o tesouro, que não é meu, é dos anões.
Que não é meu, é dos anões.
Por isso vem com essa capa, essa coroa, essa espada e esse olhar que indica raiva.
Eu digo:Volte pra 'tua casa!
Mas deixe os 'teus pertences e volte pra lá sem nada
Antes que eu mude de ideia, acabe com tua raça!Você condenou 'tua própria laia!
E todos vão morrer por 'tua causa!
Humanos são deploráveis!
Humanos são deploráveis!Não entende, por isso 'tu falha!
Sou imortal, minha escama é dourada.
Eu sou a singularidade.
Eu sou a singularidade.--- Não entende, por isso 'tu falha! --- Ela exclama. Ela acabou de me chamar de burro?
Após um longo tempo esperando, um Dodge Challenger para a nossa frente.
Minha mãe sai dele depois de fechar a porta.
--- Mil perdões! Eu tive alguns problemas na empresa e me atrasei...--- Billie diz se desculpando. Como sempre.
Me ferrei!
(...)
Quando piso dentro de casa, sinto minha mãe me jogar contra a parede. Bato minhas costas nela, mas me levanto.
--- Uma convocação?! Eu já te falei mil vezes! Não leva a porra desse celular pra escola! Parece que é surdo, caralho! --- Ela grita com ódio.
--- E-eu...-- Tento me explicar, mas ela não dá nem chances que já tira seu cinto.
--- Você vai aprender o "eu não vou usar na sala"! ---
(...)
Manco até meu quarto, entrando nele, me jogando na cama cansado.
Você condenou 'tua própria laia!
E todos vão morrer por 'tua causa!Não era justo! O acontecimento que aconteceu comigo já havia se repetido outras duas vezes e ela não fez absolutamente nada! Porque tinha que fazer comigo?
Billie entra no quarto, parando na porta.
--- Só faz merda, 'né Adam? A vida toda vai ser um inútil fracassado --- Ela fala negando, e sai dali fechando a porta.
Com meus olhos lacrimejando, gemo de dor. Mas eu não sabia se eram as palavras de minha mãe ou minha perna arroxeada.
Olho para o lado, e vejo uma figura estranha.
Era de um homem, traje elegante, teu chapéu cobria seus olhos fundos.
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PARASITA II
أدب الهواةÉ perda de tempo tudo o que eu faço, construo e destruo todo o meu legado. Após o suposto final feliz de Billie, Madeleine e seus dois filhos, algo que nem mesmo o demônio espera está por vir. Elas acharam que iriam ser felizes para sempre. Porém, e...