Alguns meses se passaram desde que eu me divorciei de Madeleine, e pra ser sincera, eu nunca estive tão mal quanto agora.
Eu vejo ela em todos os lugares possíveis, mas eu acho que até nos impossíveis eu vejo ela.
Não consigo acreditar na merda que fiz com ela e comigo mesma, eu não consigo imaginar como eu pude fazer isso com ela, e com meus filhos.
Porra, eles só queriam se sentir amados, mas tudo o que eu fiz foi fazer eles se sentirem rejeitados.
Agora, abandonada, eu não sei o que fazer, eu realmente sinto muita falta deles. Tudo desandou desde que eles foram embora, eu choro todas as noites, todos os dias, todas as horas, todos os minutos, droga, todo tempo!
E é assim que eu me encontro, jogada na cama, que antes pertencia à mim e a minha garota, que agora sente falta do cheiro dela.
Decidi parar com meu trabalho e entreguei nas mãos de meus amigos, não sei como eles aceitaram.
Levanto da cama me guiando para a janela, vendo o tempo chuvoso lá fora. Eu gosto desses tempos, me faz refletir e me acalma.
Eu geralmente não costumo fazer isso, mas então, me sento no parapeito e sinto o forte vento soprar acompanhado por suas amigáveis gotas de chuvas contra meu rosto. Droga, está dando tudo errado...
Eu não consigo esquecer, eu não consigo me perdoar.
Logo, um sentimento de raiva me atinge como nunca antes, como se eu não fosse a única culpada por aquilo tudo.
Sentimento de determinação passa pela minha cabeça e pelas minhas veias. Eu sabia o que eu teria que fazer.
E agora, não há ninguém que me impedirá. Nem mesmo o medo.
Levanto dali, saindo do quarto e de casa, indo a onde sempre vou.
(...)
Chego a uma espécie de caverna, o local era escuro e vazio, mas eu sabia que havia alguém ali.
--- Vamos, apareça! Eu sei que está aí! --- Exclamo com raiva olhando ao meu redor.
Depois de alguns minutos, uma sombra surge á minha frente, me fazendo dar um passo para trás. A figura era horrível, não consigo a descrever.
--- Eu sabia que você viria --- Ele fala com sua voz grossa com um sorriso com suas fileiras de dentes afiados.
--- Cale a sua boca, eu vim aqui pra acabar com você desgraçado, eu não tenho mais medo --- Falo o encarando com raiva e pronta pra qualquer movimento dele.
Ele logo desfaz o sorriso me encarando, logo depois dando uma ridada altíssima.
--- Bela piada, Eilish! Se nem os seus medos você consegue enfrentar, quem dirá eu! --- Ele fala em tom de deboche.
Não suportando mais aquilo, decidi partir a onde eu queria.
Avanço nele, o espremendo na parede próxima. Ele leva um leve susto, mas novamente, Ele dá um sorriso.
--- Quer brincar, não é? Então, que morra o que perder! --- Quase de imediato, ele me joga para longe, me fazendo bater minhas costas.
Minha visão embaça um pouco, mas então me recomponho.
Faço com que meus olhos fiquem pretos, permitindo-me transformar na minha pior versão. Com o meu olhar, espinhos nascem do solo, fazendo com que ele se machuque minimamente.
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PARASITA II
FanfictionÉ perda de tempo tudo o que eu faço, construo e destruo todo o meu legado. Após o suposto final feliz de Billie, Madeleine e seus dois filhos, algo que nem mesmo o demônio espera está por vir. Elas acharam que iriam ser felizes para sempre. Porém, e...