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Me perco em meus pensamentos com minha mão apoiando meu rosto. Isso é tão chato!

O nosso velho professor passeia pela sala de aula com seu giz entre os dedos explicando história. Me irritava a forma que ele batia o giz toda vez em minha mesa com certa força, parecendo saber que eu não prestava atenção em merda nenhuma que ele falava, então assim me acordava.

--- E foi assim que terminou a segunda guerra mundial -- O homem para a frente do quadro ajustando seus óculos meia-lua --- Alguma dúvida? --- Ele pergunta sugestivo olhando para cada um de nós --- Ok --- Não tendo resposta, ele respondeu.

--- Estão liberados para suas casas --- Ele se senta na mesa de madeira - E o que não era de madeira ali? -

Todos os alunos se levantam e seguem em direção a porta, eu fiz o mesmo. Saindo do local, coloco minha mão no bolso da calça de couro apertando o canivete.

Ando sem levantar suspeitas do que estava ou iria fazer, eu sou apenas um adolescente fodido pela vida indo para "casa".

Assim como todas as vezes, a vila está cheia, e como é a hora do almoço várias pessoas estão comprando peixes, carnes, ovos de galinhas, as galinhas e outros. O primeiro que aparecer sozinho...

Passo por toda aquela multidão, o que foi difícil, porque quando eu falo que está cheia, é como se fosse um chiqueiro cheio de porcos.

Após me livrar daquilo, respiro fundo, para me recuperar. Olhando para o lado, avisto um homem de estatura média, cabelos castanhos aparentemente distraído com algo. Idiota.

Vou em direção a ele lentamente, tirando cada vez mais a arma do meu bolso, e quando estou perto o suficiente, pulo em cima do homem com a lâmina em seu pescoço.

--- Que porra é essa?! --- Ele pergunta assustado com a mão no braço que seguro o canivete --- O que você quer?! Dinheiro? Eu lhe dou! Me deixe viver! Tenho filhos! --- Ele exclama com lágrimas em seus olhos. Mentiroso.

A real, é que ele era um criminoso procurado pela polícia, acusado de matar o casal de filhos e a mulher, por traição.

--- Você acha que eu caio em seu papinho?... Eu vou te soltar, mas se você gritar ou correr, vai ser pior pra você --- O ameaço tirando a lâmina de seu pescoço lentamente, com minha mão livre em sua camiseta, o homem não reage.

O arrasto até a floresta que havia ali perto, o puxando cada vez mais para fundo do mato, chegando num ponto que só eu conhecia.

O local era repleto de folhas mortas e vivas, alguns insetos também se faziam presentes junto com o olhar do cara não mais assustado.

--- Garoto, eu sei que você sabe, e o que eu fiz com eles, posso fazer com você --- Ele aperta seus punhos enquanto olha pra mim.

Não seguro minha risada, a solto num tom alto sabendo que ninguém iria ouvir mesmo.

--- Você é engraçado cara...--- Murmuro para ele, e com um movimento não esperado avanço em cima dele tirando sua defesa pressionando a lâmina em seu pescoço, da mesma forma que ele fez com sua família. Ele no entanto se surpreende no começo, mas com certa força me pressiona a sair de cima dele, e vendo que não iria adiantar colocou suas mãos em meu pescoço. Mal sabe.

O desgraçado era realmente forte, então estávamos tremendo batalhando ali. Em um devaneio, ele me tira de cima do mesmo e me joga para longe.

Colido minhas costas num tronco de árvore ali perto.

--- Agora você vai morrer garoto! --- Ele corre para cima de mim, porém eu me levanto antes fazendo-o bater a cabeça no tronco. Aproveito isso para puxar seus cabelos, e novamente, o encontrar com a arma em sua garganta.

Ele se debate enquanto eu luto para fazê-lo morrer e ele para sobreviver.

Consigo rasgar uma pequena parte de sua pele, fazendo seu sangue escorrer pela minha mão, mas ele me empurra com um movimento brusco para longe. Filha da puta!

Ele realmente se distraiu com o sangue em seu pescoço, me dando a oportunidade de novamente avançar e dessa vez não perco meu tempo e afundo a lâmina em sua garganta.

Ele estava se afogando em seu próprio sangue, e aos poucos parou de se debater. Ele não estava morto.

Os olhos do homem se abrem rapidamente, e se assustam ao me ver o encarando friamente com a arma em minha mão direita.

--- Seu desgraçado! Me solte agora! --- Ele grita, e ao ver que estava acorrentado numa cadeira, grita mais ainda. Minha cabeça estava latejando de ouvir sua voz.

--- Cale a merda da sua boca! --- Eu grito para ele que para me olhando com ódio --- Pode gritar a vontade! Ninguém vai te ouvir --- Digo me aproximando. Ele se debate na cadeira, o que foi em vão já que o idiota conseguiu cair com a madeira para trás. Estressado, o levanto com um movimento só.

--- Fica bem quietinho...--- Sussurro para o mesmo afundando mais o canivete em sua garganta, ele grita de dor. Tiro de seu pescoço com tudo, fazendo-o engasgar.

Olho para o cadáver satisfeito, jogo a arma em minhas mãos no bolso, vou em direção ao morto, o desencorrentando e o carregando para o rio ali perto.

Assim que chego no local, jogo o corpo do homem que lentamente afunda, mas antes, eu limpei o canivete com um pano que eu havia trazido comigo e coloquei no bolso da calça do cara.

--- Minhas roupas...--- Digo a mim mesmo retirando os tecidos ensanguentados e trocando por novos e limpos. Sim, eu pensei até nisso.

Jogo também minhas roupas sujas no lago, fazendo com que a correnteza presente ali as levasse em direção a cachoeira, fazendo com que minhas roupas escorreguem.

Me viro, e volto para vila como se nada tivesse acontecido.

Sigo em direção ao castelo, pois estava com saudades de Mason. Ele me odiaria se soubesse o que eu faço.

Passo novamente pelos guardas e portões, e pra minha sorte Mason estava lá colhendo algumas flores. Porra, ele ficava adorável naquelas roupas chiques...

Ele estava de costa para mim, então sem fazer barulho chego e o abraço por trás. Seu corpo da um pulinho e então vira sua cabeça.

--- Você me assustou --- Ele fala com um sorriso nos lábios que faço questão de beijar.

--- Eu sei --- O viro para mim --- Como vão as coisas no castelo? --- Pergunto para ele.

--- Chatas como sempre --- Ele revira os olhos e entrelaçada seus braços em meu pescoço.

Dou risada --- Vai ficar tudo bem. Um dia, vai ser só eu e você --- Falo encostando nossas testas.

--- E nossos filhos --- Ele completa. Sorri para ele.

--- Sim. E nossos filhos, baby --- Colo nossos lábios num beijo lento e caloroso. Passeio minhas mãos pelo seu corpo, me incomodando com o tecidos.

Nos guio para a parede mais próxima, colando nossos quadros. Desço meus beijos para seu pescoço, arrancando gemidinhos baixos.

--- Adam... Aqui não...--- Ele fala suspirando. Lentamente eu paro.

--- Mas em outro lugar --- O puxo para dentro do castelo, correndo pelos corredores até chegar em seu quarto.









































































































































































Billie

PARASITA IIOnde histórias criam vida. Descubra agora