Depois que me despedi do murasakibara, saí da casa e bati a porta ao sair assim como ele me disse para fazer. Liguei a minha moto e coloquei o capacete em mim e acelerei a moto assim que girei a chave na ignição, acelerei mais do que deveria aliás...
Em um solavanco a moto saiu pela rua, com um sol forte sob a cabeça, olhei rapidamente no relógio em meu pulso e vi que já passa das 10 da manhã, como se a minha velocidade fosse pouca, acelerei ainda mais e me aproximei ainda mais do meu destino.Quando entrei naquela rua desacelerei, consigo ouvir meu pai reclamando sobre eu entrar na rua querendo voar e sobre ele querer tomar a moto de mim sempre que me vê com ela.
Estacionei meu automóvel na frente da casa e saí caminhando rápido até a porta da frente. Eu estava sem as chaves, então eu tinha que bater a porta para que meu pai a abrisse. Antes de bater a porta parei a mão preparada no ar a centímetros da porta e apenas ouvi o que vinha de dentro, meu pai não estava sozinho?__ Hayato, para com isso! - uma voz feminina ,juntamente com risadas pôde ser ouvida por mim quando me aproximava mais da porta.
__ Que foi? Mas você gosta. - meu pai riu
__ Gostou, porém da uma segurada! - a garota riu alto e pela risada eu pude saber quem estava lá dentro com meu pai. - Mas, e o Aomine? Não vejo ele a um tempo.
__ Abre a porta e me vê... - falei alto, com a porta fechada a minha frente. - Satsuki.Ouve um silêncio e mesmo com a porta a minha frente fechada, juro que consigo ver a expressão que ela sempre faz quando está assustada. O silêncio perdurou mais um pouco ,até que ele foi quebrado com o ruído da porta sendo destrancada...
Franzi o cenho por breves segundos e suspirei calmo.
A porta foi aberta devagar, claramente com hesitação. Assim que a porta foi aberta, duas pessoas surgiram diante meus olhos, que por um momento oscilaram e se fixaram no chão logo abaixo deles.__ Bom dia, Pai. - ergui os olhos até o homem sem camisa e sorri.
__ Filho... Bom dia...
__ Bom dia Satsuki.
__ Bom dia, aomine... - com a feição assustada igual a que imaginei ela me olhou e eu sorri pra ela.
Passei entre os dois e segui em direção a cozinha.Mantive minha calma, peguei um copo d'água e sentei em uma cadeira da mesa, tomando minha água. No meu momento de fraqueza e de pura surpresa, é melhor para todos e principalmente para mim, a minha boca permanecer ocupada.
__ Eu... Eu já vou pra casa, é. É melhor eu ir. - Momoi foi a primeira a falar alguma coisa após os dois adentrarem a cozinha, um após o outro.
__ Mas já? - olhei para ela. Ela estava com o cabelo solto, em um penteado diferente do normal.
__ Sim... - ela pausou - Eu vou indo..Ela se virou e caminhou de volta e meu pai ficou parado no mesmo lugar, eu diria que paralisado. Percebi que ele prendia a respiração quando assim que ouvimos o som da porta sendo fechada e ele soltou todo o ar dos pulmões.
Ele mexeu as mãos de forma embaraçosa e saiu do lugar que estava parado.__ Filho, eu posso te explicar...
__ Explicar o que, pai?
__ Explicar o que aconteceu!
__ Me poupe dos seus detalhes sórdidos.
__ Mas, mas...
__ É melhor falar a verdade.
__ Que verdade, filho? Ela tinha...
__ Acabado de chegar aqui? Ela não já estava aqui antes? Eu poderia esperar as pessoas verem e espalharem por aí, o senhor sabe as más línguas que vivem aqui ao redor. - eu pus o copo vazio sob a mesa e continuei - Mas eu quero ouvir de você.Ele continuou calado e sentou na cadeira a minha frente.
__ To vendo sua cara de preocupado, nem precisa mais falar... tá com medo agora?
__ Não...
__ Eu te conheço bem. Você tá com ela? - ele abaixou os olhos para a mesa - Você gosta dela?Ele balançou a cabeça de uma forma quase imperceptível, mas notei seus cabelos grisalhos balançarem devagar e seu queixo subir e descer.
__ Por que me escondeu?
__ Eu não sabia como reagiria.
__ Minha reação agora, foi melhor do que esperava?
__ Foi. - ele respirou alto - Desculpa filho!
__ Desculpa pelo que?
__ Por esconder. Tenho mais que o dobro da idade dela, ela é mais nova até que o meu único filho, você. É tão errado e não sei como parar.
__ E não precisa, pai.
__ hm??
__ Eu sei como é deixar algo ir, me arrependi depois, ainda me arrependo na verdade.
__ Eu também sei, aomine. Eu deixei sua mãe ir...
__ Ótimo, você sabe como é, então... quer mesmo deixar ir pela segunda vez?Ele encarou a janela da cozinha e então respondeu:
__ Não.
__ Então, você não precisa deixar ir. Pelo menos não por mim.
__ Obrigado filho. - Ele deu um leve sorriso e continuou a falar - Deixaria a Miyuri ir pela segunda vez?
__ Eu fui o causador da primeira partida dela pai, se na segunda eu fosse o causador também, eu não teria direito de impedi-la.
__ Aomine, Você não é um babaca como pensa ser! As pessoas boas erram.
__ Mas eu, pai, não estou incluso nesse grupo.Eu me levantei e ele levantou em seguida.
__ Qual grupo?
__ O das pessoas boas.
__ Aomine...
__ Mês que vêm já inicio na nova equipe, virei menos pra cá, já que esse time fica do outro lado da cidade.
__ Sentirei saudades.
__ Você tem a Satsuki agora pai... isso é tanto quanto estranho... mas vou me acostumar.Ele sorriu e então eu me vi nele. Quando eu tiver a idade dele eu serei assim? Minha mãe diz q sou a cópia fiel do meu pai... eu serei legal como ele? Bonito e gostoso como ele? Esses pensamentos me fazem sorrir e então sou tirado dos pensamentos quando meu pai fala:
__ Irei te ver jogar, até nos treinos se quiser!
__ Eu não treino pai, nunca gostei.
__ Mas e a equipe? Não irão reclamar?
__ Eles terão de se acostumar.
__ Enfim, qual é o nome do time mesmo?
__ Too, pai.
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Panther's Heart
FanfictionGarotas designadas a cuidar dos treinamentos individuais de cada um dos jogadores que faziam parte do grande time de basquete, que compunham aquela escola. Essa era ideia inicial. Mas tudo correu fora dos trilhos e assim fazendo o trem desgovernado...