☾︎ ------ 𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋

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[𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋 •𝒘𝒊𝒍𝒍 𝒃𝒚𝒆𝒓𝒔]

𝑊𝑖𝑙𝑙 𝐵𝑦𝑒𝑟𝑠, 𝐻𝑎𝑤𝑘𝑖𝑛𝑠; 1986

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𝑊𝑖𝑙𝑙 𝐵𝑦𝑒𝑟𝑠, 𝐻𝑎𝑤𝑘𝑖𝑛𝑠; 1986

𝐒𝐄𝐔 𝐑𝐎𝐒𝐓𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐀 𝐅𝐑𝐈𝐎, quase tão frio quanto estava no dia em que o conheci.
Eu não consigo acreditar nisso, eu não quero o perder, não posso, não consigo o perder.

— Por favor, Will. – Ele implora, tentando soltar as minhas mãos, presas firmemente ao redor de seu corpo pequeno, porém, ainda sim, maior que o meu – Me solta, por favor, eu... e-eu tenho que fazer isso.

O sangue escorre por seus lábios entre abertos, o ferimento aberto em seu abdômen suja minhas roupas com seu sangue e as lágrimas escorrem como uma majestosa cachoeira brilhante.

014! – A mulher grita de longe, eu quase não a escuto, o barulho alto as armas sendo engatilhadas está tomando minha audição – Não faça isso, se não seremos obrigados a atirar. – Os cabelos loiros da mesma caem sobre seu rosto, flutuando com o vento forte e a gravidade peculiar do local.

— WILL! – Ele grita, despertando-me de meu transe; ele não pode me forçar a fazer isso, não pode me forçar a matá-lo – Eu sei que você não quer... mas se sente mesmo algo por mim, então tem que fazer isso! Por favor..!

Sinto uma lágrima escorrer por meu rosto, meus olhos já estão inchados e avermelhados, eu simplesmente não aguento mais chorar.

— E-Eu... Eu te amo, Caleb LaBlanc! – Digo sem pensar, em êxtase com toda a dor, física e psicológica, sem nem me dar conta de que essa é a primeira vez que o digo; uma falha tentativa de o fazer mudar de ideia.

— G-Guarde essas palavras para quando eu voltar. – Ele gagueja, sabendo que não vai voltar, sabendo que esse é o fim da linha para ele.

Eu soluço, odeio despedidas.

Por fim, o solto, vendo seu corpo atravessar o portal brilhante, tal esse que se fecha como uma costura, me impulsionando para longe.
As vozes se misturam em algum lugar entre o "perto" e o "longe".
Sinto os braços de Mike ao meu redor, eu sei que é ele, por mais que não entenda como; as vozes de Dustin e Lucas soam preocupadas conforme eu me levanto e me ajoelho sobre o chão frio e duro.

— Ninguém chega perto dele! – Jane diz, ela está ameaçando usar seus poderes sei disso sem nem olhar para trás – Não ousem chegar perto do meu irmão!

Todos estão chegando muito perto de mim, perto até demais. Estou com a sensação de ser sufocado, como uma corda em meu pescoço, sendo apertada cada vez mais, testando meus limites.

Um grito estridente inrrompe de minha garganta, como se rasgasse a mesma pela intensidade de minha voz, essa é a única forma que consigo de descarregar a dor, a raiva e a solidão... gritando e chorando e deixando que tudo escorregue para fora de mim.
Eu não sei o que eu fiz, tudo é um borrão; um borrão de cores frias e peculiares.

𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋,  𝒘𝒊𝒍𝒍 𝒃𝒚𝒆𝒓𝒔 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora