✵𝐄𝐏𝐈𝐋𝐎𝐆𝐎

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"𝐑𝐞𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨... 𝐨𝐮 𝐪𝐮𝐚𝐬𝐞 𝐢𝐬𝐬𝐨"
𝑂𝑢𝑡𝑢𝑏𝑟𝑜 𝑑𝑒 1987

𝐃𝐄𝐒𝐃𝐄 𝐀 𝐕𝐈𝐓𝐎𝐑𝐈𝐀 𝐄𝐌 𝐌𝐀𝐑𝐂𝐎, a vida de Caleb e Will se tornou mais agitada do que comum, o que inclui os roubos diários do carro se Steve, que sempre acabam com os dois tentando se manter sérios enquanto o babá grita e dá broncas.

Desde que decidira permanecer em Hawkins, ouvira pouquíssimas coisas sobre o caso Byers, na Califórnia.
A resolução foi: Will foi uma quase vítima de um possível serial killer, bom, pelo menos foi o que a doutora concordou em dizer para qualquer um que questionasse.

Sobre a garota assassinada... Will não sabe nada sobre isso, mas, segundo Joyce, ela foi morta pelo ex namorado, tal esse que não aceitou muito bem o término.
Por algum motivo, o idiota acabou comprando a ideia de ser um assassino, já que assumiu a culpa por ter "atacado" Will.

Mais um motivo para o garoto não querer voltar para a Califórnia.

— Vá devagar... – Will diz rindo ao sentir o carro acelerar ainda mais – Vai devagar, vida... vai acabar nos matando..!

As risadas não cessam.
O vento bate contra o rosto de Will e o sol ilumina o mesmo de forma graciosa.

— Tenho sete vidas como os gatos, meu amor. – Ele rebate – Não precisa ficar nervoso.

— Você tem, mas eu não, Caleb. – Will simplesmente não consegue parar de rir.

— Problema é seu. – Caleb diz rindo, fazendo o namorado rir ainda mais.

Will abaixa os óculos de sol em formato de coração, pondo-os sobre seus olhos.
Ele olha para a janela, sua risada contagiante para abruptamente.

— Tá' tudo bem? – Caleb indaga ao se virar minimamente para o namorado.

— Está sim, é que... – Will diz, fazendo uma longa pausa – ...eu tenho me sentido vazio, desde que fechei o portal para o mundo invertido.

Caleb franze o cenho, ouvindo atentamente cada palavra vinda de Will, ainda com as mãos no volante do carro roubado de Steve.

— Eu queria reabrir e acabar com esse vazio dentro de mim, mas... – Ele puxa os óculos de forma bruta, o colocando dentro do porta luvas.

Caleb reduz a velocidade, pondo uma de suas mãos sobre a perna de Will.

— Mas aí nunca acabaria, Caleb. – Ele retoma – Eu tô' sentindo alguma coisa... dentro de mim, sabe? Está gritando, dizendo com todas as letras que não acabou... que nunca acaba.

Os olhos de Caleb se voltam para a estrada, temendo causar um acidente.

— Nós conseguimos. – Caleb afirma – Essa sensação não passa disso... uma sensação.

Will se esforça para sorrir, falhando miseravelmente.

— Você também sente, não sente? – Ele questiona – Que tem... alguma coisa diferente.

Caleb vira seu rosto na direção de Will, o medo evidente em seu olhar.

— É... mas eu prefiro não falar sobre isso. – Caleb responde – Você matou o Henry e colocamos a Charlotte atrás das grades.

𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋,  𝒘𝒊𝒍𝒍 𝒃𝒚𝒆𝒓𝒔 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora