✵𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐗

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"𝐋𝐨𝐫𝐝 𝐈𝐈𝐈"
𝐸𝑑𝑑𝑖𝑒 𝑀𝑢𝑛𝑠𝑜𝑛, 𝐶𝑎𝑙𝑖𝑓𝑜́𝑟𝑛𝑖𝑎; 1987.

TW: Depressão, pensamentos suicidas”

- 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎𝐒 𝐄 𝐄𝐒𝐒𝐀 "𝐋𝐎𝐑𝐃"? - Pergunta a ruiva em meus braços.

A seguro com força, impedindo que ela caía enquanto corremos para o carro, sendo perseguidos pela incessante sombra densa e escura.
A sombra se torna cada vez mais humana, bem diante de meus meros olhos cínicos e humanos.

— Não dá tempo de explicar, a gente tem que sair daqui! – Eu grito, ouvindo minha própria voz afinar – Agora! Temos que ir agora!

Lucas corre um pouco atrás, logo, ouço um baque alto, me virando por impulso.
V

ejo Sinclair caído no chão, se levantando o mais rápido que pode, apenas para cair mais uma vez em seguida; seu pé está preso debaixo de um galho grosso e, aparentemente, bem pesado.

— Mas que droga, Sinclair! – Eu digo alto, colocando a ruiva no chão, fazendo com que a mesma subisse em minhas costas em seguida – Você tem muita sorte de eu não ser rancoroso, seu jogador de basquete tonto, amante de ruivas malucas e raivosas! – Eu continuo a dizer, fazendo extrema força nos braços, puxando o galho para cima.

Sinto as pernas de Mayfield escorregarem pela extensão de minha cintura, a mesma agarra meu pescoço, impedindo sua queda.
Levo uma mão a seus braços, ao redor do meu pescoço, afrouxando o mesmo, impedindo que morresse enforcado, cercado, justamente, de quem eu mesmos esperava morrer ao lado.

As sombras não recuam, apenas se aproximam mais e mais, até estarem frente a frente conosco.
Consigo puxar o galho em uma boa altura, vendo Lucas puxar seu pé, se levantando e agarrando minhas mãos, me fazendo correr.
Sinto o toque frio das sombras em minha perna, logo, me jogo no chão, impedindo que puxasse Max para trás.

— NÃO COMIGO AQUI, SUA PSICOPATA. – Eu grito ao pegar Max em meus braços novamente, correndo o mais rápido que posso.

Sinclair está um pouco a frente, olhando para nós assustado.
Ele puxa o estilingue de sua bolsa, mirando uma pedra onde seria o rosto das sombras, se ela, obviamente, tivesse um. Ele atira, vendo as sombras engolirem a pedra, como se fosse um doce.

Vendo que sua ideia "brilhante" falhou, ele corre mais uma vez, abrindo a porta do carro, um pouco mais adiante.
Ele vai para o banco do carona, sentando no acento e batendo a porta com força.
Ponho a ruiva sentada no acento ao lado do meu e adentro o carro, pisando firmemente no acelerador.
Max se segura em seu acento, temendo que aquele fosse seu último momento viva.

Olho para trás, vendo as sombras desaparecerem conforme eu acelero.

— Olha para frente! Olha para frente! Por favor! – Lucas grita histericamente.

— É sério, mais um gritinho de vocês e eu enfio minha bengala na goela dos dois. – Max diz em um tom ameaçador, que se desfaz em uma careta enjoada – O carro tá' indo rápido demais, Eddie, acho que vou vomitar...

Olho para ela assustado, vendo Lucas com um olhar duas vezes pior que o meu pelo retrovisor.

— Se for vomitar, bota a cabeça para fora. – Eu digo, recebendo um olhar sério de Lucas – O que foi? Não quero vomito no meu carro.

𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋,  𝒘𝒊𝒍𝒍 𝒃𝒚𝒆𝒓𝒔 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora