✵𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐗𝐕𝐈

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"𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐚̃𝐨"
𝐶𝑎𝑙𝑒𝑏 𝐿𝑎𝐵𝑙𝑎𝑛𝑐, 𝐻𝑎𝑤𝑘𝑖𝑛𝑠; 1987

TW: problemas familiares”

𝐄𝐔 𝐍𝐀𝐎 𝐅𝐄𝐂𝐇𝐄𝐈 𝐎𝐒 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐍𝐄𝐌 uma vez sequer durante toda a noite.
Steve e Dustin procuraram por Robin durante a madrugada, eles ainda não voltaram, o que me deixa preocupado e assustado com o que mais pode ter acontecido, afinal, Will não para de colocar caramiolas em minha mente, me fazendo amordaça-lo, para evitar as loucuras que saiam de sua boca.

Lucas voltou para o trailer, para atualizar Max e tranquilizar Wayne, avisando que Eddie passaria a noite fora, o mesmo estava desesperado, até por que, Max estava sozinha em seu trailer e seu sobrinho havia desaparecido.
Sobrando apenas eu, Ophelia e Eddie, revezamos para vigiar Will, embora eu quase não deixe eles chegarem perto de Byers.

— Será que dá pra' calar a droga da boca!? – Eu me estresso, batendo com as mãos nos pés da cadeira, que balança conforme Will se contorce.

Algumas lágrimas começam a escorrer, molhando a bandana escura de Eddie, que eu amarrei fortemente, para que Will não a soltasse.
Sinto meu coração bater forte, de quebrando em pedaços. Puxo a bandana, vendo Will soluçar e tentar se acalmar, ele me encara com um olhar indecifrável, grande erro: número 1.

— Você era mais forte do que isso, Caleb. – Ele murmura, ainda choroso – Quando foi que ficou tão fraco..?

Reviro os olhos, tentando cobrir novamente a boca de Will, que me para, mexendo seu rosto rapidamente.
Seus olhos estão mais claros, mas ainda estão castanhos, transitando entre um tom de carvalho e um doce e suave tom de mel.

— Ela está me fazendo dizer coisas terríveis, Caleb. – Ele murmura, com lágrimas grossas e quentes cortando seu rosto – Eu não sei por mais quanto tempo eu vou aguentar isso, meu doce.

Ponho minhas no rosto pálido de Will, que está tão frio quanto aparenta, talvez até mais.

Meu grande erro, número 2, já que, no momento em minhas mão entraram em contato com sua pele, ele se move rapidamente, mordendo a mesma com força.
M

e afasto rapidamente. Assustado com o ato, levo as mãos ao peito.
Will ri um pouco.

— Você acredita em tudo que eu falo, não é mesmo? – Ele ri, mas seu olhar é desesperador e as lágrimas se recusam a parar; se tem uma coisa em que Will sempre foi bom, essa coisa é chorar, o que eu admiro muito, não é fácil demonstrar sentimentos, mas Will consegue de forma impecável – Eu realmente controlo você.

Um pouco de sangue escorre de seus lábios e logo reparo no ferimento em minha mão, que também sangra.
Coloco a bandana em seus lábios, ouvindo seus gritos se tornarem abafados.

— O que está planejando, sua bruxa? – Eu digo, vendo Will se contorcer ainda mais.

Olho para a mordida em minha mão, a um pouco de sangue, mas nada alarmante.
Vejo luzes fortes, vindas da janela.
Logo, Eddie e Ophelia adentram o cômodo correndo.

— Tem alguém lá fora! – Eddie grita em desespero – Por Deus, LaBlanc, eu não quero voltar a ser procurado pela polícia!

Ophelia revira os olhos, pegando um grande lençol branco, que cobria algumas tralhas, e jogando sobre Will, que se contorce indignado.

𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋,  𝒘𝒊𝒍𝒍 𝒃𝒚𝒆𝒓𝒔 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora