✵𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈𝐕

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"𝐀𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐨 𝐁𝐲𝐞𝐫𝐬"
𝐽𝑜𝑛𝑎𝑡ℎ𝑎𝑛 𝐵𝑦𝑒𝑟𝑠, 𝐶𝑎𝑙𝑖𝑓𝑜́𝑟𝑛𝑖𝑎; 1987

𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 𝐅𝐎𝐈 𝐔𝐌 garoto extremamente inteligente, infelizmente, isso só o torna ainda mais suspeito, na atual situação.

— Como aquele homem sabe o seu nome? – Nancy sussurra para mim, tentando soar calma.

Estamos sentados, frente a frente.
A encaro nos olhos, unindo tudo o que sei sobre o caso Byers, como gosto de chamar, até agora.
Infelizmente, nenhuma das informações me deixa alegre.

— Will... – Eu respondo de forma vaga – Ele usou o meu nome, eu não sei o por que, mas usou.

Ela me olha perplexa, aparentando não entender muito bem a situação.

— Isso não faz sentido, como Will chegou aqui? – Ela indaga confusa – Nós quase não encontramos esse lugar!

— O que sei até agora não está me deixando nem um pouco animado para solucionar isso, querida. – Eu digo calmamente, cerrando os punhos e fechando os olhos.

Ela põe suas mãos sobre as minhas, roçando nossas alianças.
Eu abro os olhos brevemente, apenas para encarar os belos olhos dela.

— O que sabemos até agora? – Ela pergunta serenamente.

Respiro fundo, até onde eu aguento explicar?

— Em teoria, o Will fugiu do hospital, foi para casa e pegou a sua arma; – Eu digo tristonho; minha voz falha e minha garganta parece estar sendo dilacerada por cada palavra dolorosa de ser dita – Ele escondeu a caixa e saiu; Foi atrás da doutora Allen, que era a psicóloga dele e a levou para um lugar mais afastado, teoricamente, ele atirou nela e a deixou para morrer.

Nancy balança a cabeça negativamente. Ela não quer acreditar e eu também não, mas é a única explicação plausível, a única em que eu consigo pensar no momento.

— Ainda em teoria, depois do suposto crime, ele teria ido atrás da garota, que não estava tão longe de onde ele teria atirado na doutora, Will teria matado ela. – Eu digo; Uma lágrima escorre por meu rosto gélido, eu simplesmente não aguento passar por isso – Depois ele deve ter fugido, vindo correndo até aqui, por que é relativamente perto; talvez tenha pedido abrigo e mentido o nome, para que não tivessem provas de que ele esteve aqui; o senhor seria uma testemunha, mas estava sem os óculos, a ponto de me confundir com o Will.

Meus olhos se fecham momentaneamente, ardendo pelas lágrimas cortantes.
Eu os abro, passando as mãos no rosto.

— Ele usou o meu nome e... pediu o lanche favorito do Caleb. – Estou tremendo, minha respiração acelerada, estou entrando em pânico, chegando no ponto de não conseguir respirar – Em teoria... m-meu irmão é um assassino.

As lágrimas escorrem pelo rosto de Nancy, ela abaixa a cabeça escondendo o rosto nas mãos.

— Isso é suposição. O que a gente realmente sabe sobre o caso? – Ela pergunta séria, limpando o rosto molhado – E onde a mulher suspeita, aquela que o senhorzinho viu, se encaixa nisso?

Eu a olho, a dor tomando meu peito, a raiva enchendo minha cabeça com esperanças vazias; é como um pirata em meio a uma tempestade, achando que pode sobreviver a um naufrágio em meio ao vazio e a imensidão do vasto oceano.
Eu não posso me agarrar a esperanças, não agora.

𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋,  𝒘𝒊𝒍𝒍 𝒃𝒚𝒆𝒓𝒔 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora