Nicole e Waverly estão para a escola assim como ketchup e mostarda estão para um hambúrguer: uma é a estrela do show, a outra é... bem, a outra. Nicole é a líder do time de futebol feminino, iluminando os corredores com seu brilho de campeã. Waverly...
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Narrado por Waverly Earp
Quando voltamos da escola hoje, lá estava o Ward de novo, largado no sofá, num mar de cerveja. O cheiro estava tão forte que parecia que a cerveja tinha se transformado em perfume de tão intenso. Garrafas vazias estavam espalhadas pela sala, numa bagunça que só ele conseguia fazer.
Wynonna revirou os olhos com uma mistura de cansaço e exasperação quando viu aquilo. Juntas, nós subimos as escadas na ponta dos pés, tentando não fazer barulho e acordar o homem que estava lá embaixo, totalmente desligado em seu próprio mundo de embriaguez.
— Ai, eu simplesmente detesto quando ele está nessa vibe. Que tipo de pai irresponsável ele se tornou? — Wynonna desabafou, a frustração estampada na sua cara. Estávamos agora no meu quarto; eu, jogada na cama, tirando os sapatos, e ela, em pé encostada na parede branca toda descascada.
— Relaxa aí, Wynonna. — Tentei acalmar minha irmã, sacando a seriedade da parada. — A coisa tá tensa, mas a gente tem que encarar de frente, né?
— Não dá, Waverly. Ele tá completamente mudado, e isso me deixa puta da vida. Era pra ele tá trabalhando, e não tô entendendo como ainda não levou um pé na bunda! — Ela bufou, mostrando toda sua raiva. — Nosso pai é entregador lá na "ElectroTech Innovations", a maior empresa de Purgatório. É esse trabalho que mantém a gente numa boa, mas ele tá jogando tudo pro alto por causa desse vício maldito.
— Isso é mega frustrante, eu sei, mas não vamos deixar esse loser estragar nosso dia. — Me ergui da cama e fui até ela, puxando-a para sentar. Ela se jogou emburrada, e eu deitei no seu ombro, fazendo um carinho nos seus cabelos.
— Por que você tava encarando a "Cenourinha" daquele jeito? — Wynonna soltou um sorrisinho de canto, o tom levemente irônico. Eu me senti meio nervosa com a pergunta repentina e dei um passo pra trás, tentando pensar no que dizer. Não podia simplesmente admitir que meu coração dá uma cambalhota toda vez que a vejo, ou que tem algo ali que eu não sei explicar.
