16+| Mesmo quando era pequena,nunca acreditei em um conto de fadas,em um mundo em que existem princesas e príncipes encantados,heróis,duendes,fadas...
Muito pelo contrário, desde cedo meus pais sempre fizeram questão de me mostrar a realidade,não...
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Observando todas aquelas folhas esverdeadas e o céu nublado daquela manhã eu conjurava o ar,trazendo diversas e fortes lufadas de vento em minha direção enquanto meus dedos dançavam no ar.
Liberdade,é isso que sinto todas as vezes em que levanto voo com minhas asas e sinto o vento em meu rosto,trazendo uma paz interior e um sorriso involuntário surgir em meus lábios,eu amo isso.
O meu treinamento acabara a pouco tempo,eu já havia me aliado as outras fadas para a proteção da floresta,éramos poucas,as únicas que restaram,mas os pingos de coragem que cada uma carregava dentro de si nos faziam ter a força triplicada.
As fadas se juntam aos lobos para proteger a floresta de qualquer ameaça,enquanto a alcatéia se responsabiliza em terra firme,nós nos responsabilizamos por ver tudo de cima. Eles são nossos ouvidos,e nós somos os seus olhos.
-Aí sininho,acabamos a ronda! Hora de trocar...-mais um detalhe, eu estava fazendo ronda em dupla,pois eu ainda estava em observação.
E hoje o meu parceiro era Embry, que havia me apelidado de "sininho" pelo o simples motivo de eu ter um par de asas grudadas nas costas.
-Sininho?-ele grita por mim mais uma vez e eu sorrio de lado com a ideia que se passou por minha cabeça.
Pouso devagar no galho de uma árvore próxima e me escondo entre as folhas esverdeadas enquanto o garoto me procurava em terra firme.
-Eva,vamos logo! Onde está?-ele diz alto e eu prendo o riso.
Desço da árvore devagar e me preparo para o próximo passo do meu plano,assim que meus pés chegam ao chão me ajoelho logo em seguida e levo minhas mãos a terra fria.
-Por tudo que é mais sagrado,garota! Eu estou com fome!-ele reclama mais uma vez e eu novamente prendo a risada.
Aperto a areia em minhas mãos e observo uma pequena raiz surgir próximo aos pés de Embry que ainda não havia notado sua existência.
Não demorou muito até a planta então crescer por completo,e o garoto perceber a existência da planta carnívora que estava bem próxima a ele.
-Uma plantinha? Pensei que seria mais esperta em me assustar,Eva...-ele diz em meio a uma gargalhada sarcástica.
Mas sua feição irônica logo muda quando a planta agora possuía uma grande boca e dentes afiados à amostra,o que fez com que o garoto soltasse um grito desesperado quando a planta carnívora ousou atacar o mesmo.
Não aguento mais permanecer em meu esconderijo e me desfaço da planta,o garoto então finalmente me encontra e gargalho alto quando vejo sua feição assustada.
-Você tinha que ver a sua cara,juro!-digo com as mãos em minha barriga depois de rir tanto.
-o que aconteceu aqui?-escuto uma voz mais grossa e dessa vez eu e Embry nos assustamos juntos.
