16+| Mesmo quando era pequena,nunca acreditei em um conto de fadas,em um mundo em que existem princesas e príncipes encantados,heróis,duendes,fadas...
Muito pelo contrário, desde cedo meus pais sempre fizeram questão de me mostrar a realidade,não...
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Caos,essa era a palavra que representava a todos presentes na casa. Sam,Sue e meu pai conversavam entre si,buscando alguma forma de tentar resgatar Agnes das garras de Nyx. Paul estava devastado e sem controle algum de suas ações e palavras, o mesmo não conseguia ao menos dizer uma frase sem explodir em ódio. Enquanto a mim...
-Vamos pegá-la de volta.-a voz do meu irmão se fez presente ao meu lado,eu não havia sequer notado que eu olhava fixamente para a porta da frente.
Buscava em minha mente algum plano e forma de tentar buscar Agnes sem que ocorresse um tumulto maior,todos estavam nervosos e ansiosos para buscar a pequena,a Lahote mais nova era querida por todos.
-Eu sei,mas não anula a culpa que sinto no peito.-digo engolindo em seco e vejo Paul sair de dentro da casa de forma brusca.
Deixo meu irmão para trás antes que ele diga algo e vou até o Lahote que estava andando de um lado para o outro enquanto puxava os cabelo e passava suas mãos no rosto,deixando claro sua angústia.
-Querido...-tento falar com ele,mas tudo que vejo em seus olhos é fúria.
-O que? Veio tentar me impedir de ir até lá? Não perca seu tempo,é minha irmã e eu não medirei esforços para ir até lá salvá-la!-a forma que o mesmo falou havia me pegado de surpresa, era a primeira vez que o mesmo dirigia algo de forma arrogante em minha direção.
-Só preciso que me escute,eu tenho um...-tentei argumentar e fazer com que ele me ouça.
-JÁ CHEGA,EVANGELINE! EU NÃO PRECISO DE MAIS UM ATRAPALHANDO MEU CAMINHO!-a voz grossa do Lahote fez com que meu corpo tremesse pelo susto e meus olhos se arregalaram.
Ao perceber o que havia feito,o homem a minha frente respirou fundo e sua expressão caiu,logo sendo substituída por uma de arrependimento,o mesmo tentou iniciar uma fala,mas não obteve chance alguma antes dos movimentos que fiz se voltarem contra o mesmo.
-NUNCA...-levantei minha mão esquerda e logo uma raiz saiu da terra e segurou um dos pulsos do homem.
-MAIS...-levantei minha mão direita desta vez,e outra raiz surgiu e segurou o outro pulso do homem.
-OUSE LEVANTAR A VOZ PARA MIM OUTRA VEZ!-desci as duas mãos e às apontei para o chão,fazendo com que as raízes o puxasse e seus joelhos fossem ao chão.
Ele não fez questão alguma de lutar contra,somente aceitou,olhando de forma arrependida para mim,como se pudesse pedir desculpas com o olhar. Eu estava irada,pois fui surpreendida de uma maneira que não me trazia boas sensações,eu havia me sentido pequena,insegura,mas o pior...eu havia sentido medo,e deixei com que ele visse isso.
-Eva...-ele mais uma vez tenta argumentar, levo minha mão ao bolso e tiro de lá o colar que fora da minha mãe.
-Vamos acabar com isso!-digo apertando o pingente de lua em minhas mãos e direciono o olhar para ele.
