Capítulo 6 Parte 2 (Rascunho)

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Pedro pousou a nave com perfeição. O local tinha mesmo cara de espaçoporto, não sendo diferente da Terra. A área era cercada e as naves tinham lugares, boxes, para descer. Ali, notava-se uma grande evolução em relação ao mundo anterior e era visível a atividade humana, enérgica e ativa. Havia robôs, mas em quantidade muito inferior à Terra. Quando abriram a escotilha, algumas pessoas aguardavam. Quatro mulheres e um homem. Como sempre, o comandante desceu na frente, mas uma das mulheres avançou um passo, sorrindo. Deu-lhe um abraço e um beijo lânguido. Afastou-se ao notar que mais pessoas desciam. O primeiro era um homem com uma certa idade, mas de aparência enérgica e altiva. Atrás dele, notou um casal. O sujeito era novo, mas de uma beleza alucinante, na sua opinião. A mulher que estava ao seu lado também era dona de uma beleza estonteante, só que ela notou que eram casados. Voltando ao foco, sorriu para o capitão e disse:

– Estava com saudades, Norman – disse ela. – Quem são esses? Tem alguma mercadoria boa?

– São amigos que vão para Vega, Norah, como vão as coisas?

– Tudo na mesma – disse ela, rindo. – Vamos, levarei vocês ao hotel.

Pedro olhou para Luana e pegou a sua mão, nenhum deles disse algo, mas ambos entenderam-se muito bem. Norman lacrou a nave e virou-se para a mulher. Ela, antes de os acompanhar, disse para o homem da equipe:

– Trate de retornar e aguarde ser chamado. – Olhou para as demais colegas e continuou. – Acho que não temos nada de especial aqui. Vou levar estes para um hotel.

Elas anuíram, mas não tiravam os olhos de Pedro, que as ignorava e prestava mais atenção à esposa. Chegaram ao hotel e Norman distribuiu os quartos. Antes de se separar do casal, entregou a Pedro um cartão pequeno e disse, falando baixo:

– Esse cartão serve para cobrir as despesas. Lembrem-se que nada daqui é livre como na Terra – aconselhou. – E tentem ficar longe de confusão.

A seguir, subiu com a nativa. O casal riu e foi para o quarto, conhecê-lo. Samuel foi junto no elevador e ambos ficaram calados. Uma vez a sós, Pedro pediu:

– Meu amor, pegue todas as informações que recolhemos até agora e comece a analisar. Eu nada falarei para depois podermos comparar, até porque ainda preciso de mais informações.

Luana sorriu e entrou no quarto, que era muito bom. Aproveitaram para tomar um banho decente, coisa que não era possível na nave. Viram um monitor grande no quarto e um controle. Pedro analisou os comandos e aprendeu rápido, colocando em um filme divertido. Ambos notaram que eram filmes tão antigos quanto os livros que leram e isso deu o que pensar, além de que eram falados em terráqueo e com legendas em galáctico.

Abracados, viram a história e riram muito. Após, decidiram passear, já que não foram impedidos de nada. Antes de saírem, Pedro relembrou a orientação do comandante.

De mãos dadas foram andando pela cidade. Anoitecia rápido e ela era demasiado diferente do planeta anterior. Havia espaço, as ruas eram largas com calçamentos bem-feitos, muitos deles com pedras coloridas que formavam desenhos, alguns deles bem abstratos. Havia muitas árvores e praças com fontes de água, estátuas, bancos para sentar e até brinquedos para crianças. Pedro apontou um balanço e sorriu, levando Luana até lá. Sentaram-se lado a lado, lembrando das incontáveis vezes que fizeram aquilo. Apenas aquele local era limpo e com os brinquedos em perfeito estado.

– Este lugar é bonito, minha princesa – comentou o jovem, um tanto nostálgico. – Teríamos tido uma infância melhor, bem melhor.

– As minhas análises atuais não concordam com isso, Pedrinho.

– Tem toda a razão – admitiu, suspirando. – Acho que deixei o meu emocional falar mais alto...

– Não podem ficar em um lugar para crianças pequenas – disse uma voz feminina e severa, interrompendo-os. – Podem danificar os brinquedos.

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