Capítulo 12 Parte 2 (Rascunho)

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Já ia sair quando a porta foi aberta de rompante e Pedro entrou, aflito. Arquejante, disse:

– Doutor, ajude-me que minha esposa está sentindo-se muito mal.

Ambos correram porta fora e viram Luana cheia de dores e respirando com alguma dificuldade. No chão, havia água e um pouco de sangue. O médico logo notou.

– Entrou em trabalho de parto e tem algo errado – disse, pegando um aparelho de comunicação. – Emergência na UTI oito. Tragam uma maca e a aprontem a equipe de obstetrícia que é uma emergência.

A saída da UTI transformou-se em uma correria para a ala cirúrgica. Como de praxe, apenas os médicos tiveram autorização de entrar e dessa vez quem ficou uma pilha de nervos foi Pedro, logo seguido da mãe. Norman colocou a mão no seu ombro e disse:

– Calma, filho, há séculos que se trata de um procedimento absolutamente seguro, ainda mais aqui. Então, como estão as coisas por lá?

– Eu controlo a Terra – disse, dando de ombros. – Eu, Luana, minha mãe e mais dois cientistas.

– Então esses nove meses foram bem aproveitados – brincou o amigo, tentando desviar a preocupação. – Não ficaram apenas fazendo bebês.

Pedro sorriu de leve e acrescentou:

– E você? – perguntou. – Parecia muito íntimo da almirante e ouvi o médico falar esposa.

– Sim – admitiu ele. – Ela é minha esposa e agora vivo aqui. Quando preciso de algo, vou minerar um combustível e volto. Oficialmente, tornei-me um terrano.

– Que bom – disse Pedro. – Ela é muito legal e este povo é maravilhoso e, pelo jeito, o único não decadente...

– Pedro – disse o Almirante, guardando o comunicador universal no bolso. – Preciso ir para o Estado-Maior que o presidente me convocou. Assim que possível, gostaria de conversar consigo. Espero que dê tudo certo com a sua esposa.

– Obrigado, senhor – respondeu o jovem. – Queria lhe pedir que me arrumasse uma reunião com a equipe do doutor Hans de forma a que eu possa ensinar a construir as novas armas que criei.

– Mais uma vez não tenho palavras para agradecer a sua ajuda. Nova Terra deve muito a vocês.

O almirante saiu, seguido pelo olhar do grupo e Samuel comentou:

– E pensar que esse sujeito já quis o nosso fígado. Agora, eles nos agradecem e viramos heróis. A propósito, Norman, parabéns pelo casamento. Ainda bem que ela está fora de perigo.

– É – disse ele com um suspiro. – A melhor coisa que me aconteceu, meu amigo...

Foram interrompidos pela porta se abrindo e uma mulher séria aparecendo. Ela perguntou:

– Quem é o pai?

– Eu... eu... eu sou – respondeu o jovem, apavorado com a cara dela e achando que teria acontecido o pior.

– Então parabéns. Você é pai de uma linda menina de três quilos e duzentos – disse a médica, sorrindo. – Sua esposa foi levada para a sala de recuperação e podem vê-la.

Terminou apontando uma porta ao lado do centro cirúrgico e voltou para dentro sem dizer mais nada, enquanto Pedro caminhava para lá, ainda tremendo.

– Caramba! – exclamou, tremendo. – Essa mulher tinha uma cara tão séria que eu fiquei apavorado. Mais um pouco e acho que as pernas não me obedeceriam.

– Sei como é – disse Norman. – Passei por isso há oito horas e é bem desagradável. Parabéns, papai.

O grupo entrou no quarto, procurando não fazer barulho, mas Luana era a única ali. Estava recostada na cama com, a filha nos braços. Quando a viu tão linda e brilhante, correu até ela e beijou-a, feliz. Depois olhou a filha, derretido. A bebê era perfeita em todos os detalhes, com alguns cabelos dourados e os olhos da mãe. Luana levantou a filha, estendendo para o marido, que a pegou com todo o cuidado.

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