Capítulo 8 Parte 5 (Rascunho)

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As pesquisas estavam em franco andamento e já montavam um pequeno protótipo. Além disso, Pedro fabricava um campo de força para a nave e outro para o planador. Seis meses depois, eles decidiram testar o primeiro equipamento. Pedro e Luana levaram-no para a nave deles e Sônia ficava com um aparelho normal e o par do protótipo. Assim que entraram na nave ele chamou a colega.

– Sônia, decolaremos em dez minutos – disse. – Primeiro voaremos até à Lua que já dá quase um segundo e meio de lapso. Depois, iremos a Júpiter. Para uma primeira experiência acho bom. Depois, podemos pensar em ir a outra estrela.

– Perfeito – disse ela, sorrindo no vídeo. – Pena que o protótipo só tem áudio. Mas que nave é essa. Eu já vi várias e a distribuição dela é diferente do tradicional.

– Bem, se transmitirmos áudio, podemos transmitir vídeo depois – respondeu, dando de ombros. – Quanto à nave, ela nos foi presenteada pelo governo de outro mundo.

– Engraçado, não sabia que algum outro mundo fabricava naves.

– Os Terranos fabricam – respondeu Luana. – E ficamos muito amigos.

A colega até se engasgou, quando ouviu aquilo. De olhos arregalados e arquejante disse:

– Eu desconheço a história completa deles, mas são tabu. Dizem que um terráqueo que se aproxime de lá, eles prendem e matam.

– Bem, não gostam de estrangeiros, mas não matariam ninguém – respondeu Pedro, olhando os controles. – Decolagem.

A nave subiu, veloz, e a comunicação estava sempre aberta. Quanto mais perto da Lua chegavam, mais lenta era a troca de conversas. Pedro parou a nave e ativou o protótipo.

– Alô, aqui Pedro falando no protótipo. Consegue ouvir?

– Alto e claro – gritou a doutora, alegre. – E agora chegou a do vídeo da nave. Conseguimos, conseguimos!

– Correto, Sônia – nós também notamos a diferença. – Vou acelerar até Marte, em vez de Júpiter. Manterei os dois equipamentos ligados.

Quanto mais avançavam, mais se notava a eficiência do novo dispositivo. Depois de Marte, deram a volta em Júpiter e retornaram. Horas depois desciam no espaçoporto e pegavam o planador de volta. No terraço, Sônia esperava e atirou-se nos braços dos dois, pulando e gritando feliz. Abraçados, desceram com o jovem trazendo o protótipo na mão livre.

– Fizemos história – disse ela, ainda eufórica.

Helena passava no corredor e viu aquilo. Aproximou-se e também sorriu:

– O que é toda essa alegria? – perguntou. – Conseguiram?

– Sim, conseguimos – disse Sônia, apontando Luana. – Graças a ela que encontrou uma falha no desenvolvimento teórico nos primeiros cinco minutos.

– Parabéns para a equipe – disse a cientista-chefe. – Pedro, eu vinha falar consigo. Tem uns minutos a sós?

– Claro – disse ele, entregando o protótipo para Sônia.

– Estarei no gabinete, amor – disse Luana, seguindo a colega.

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– Parabéns de novo – disse Helena, apontando o sofá. – Sabe, andei pensando naquela nossa conversa e estou preocupada. Você não pode vencer o Basilisco.

– Não o quero vencer, Helena – disse Pedro resoluto. – Quero que ele seja meu aliado e me obedeça de modo a criarmos um plano para salvar a humanidade. Ele foi construído para nos salvar, então acho que é o correto a fazer.

– E quando pretende fazer isso?

– Muito em breve – respondeu. – Nos próximos dias sairei por algum tempo. Pretendo visitar os Terranos e obter ajuda com uma coisa.

– Vai envolvê-los nisso? – perguntou, assustada.

– Não – respondeu Pedro. – Eles não querem nada com a Terra. Querem distância de nós, mas fiz bons amigos que me podem ajudar com um problema. Desculpe dizer, mas eles têm cientistas muito superiores aos nossos. De qualquer forma, o que eu conseguir lá, será para benefício da Terra. Eles não precisam de saber isso.

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