surto

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Pov s/n

Depois de mais alguns minutos apenas olhando para o teto decido que talvez tomar um banho me faria bem.

Me levanto devagar, não queria acordar o meu noivo, sabia que o mesmo tinha insônia e deveria estar muito cansado.

Vejo que estava sem minhas botas, com certeza foi ele que as tirou para que eu pudesse dormir o mais confortável possível.

Não poderia deixar de me sentir um pouco feliz por esse seu gesto e agradecer que no meio dessa confusão toda eu possa contar com ele para cuidar de mim, quando nem eu mesma tenho o feito.

Claro que tivemos nossas desavenças, mas isso está no passado e eu tenho coisas mais...preocupantes para lidar agora.

Sento na beirada da cama e pego as minhas botas, logo depois as calçando.

Vou em direção ao banheiro sem fazer nenhum barulho, paro em frente ao espelho e vejo o meu estado.

Meus olhos ainda estavam um pouco vermelhos e rosto um pouco inchado.

Não demorou muito para que eu visse lágrimas se formarem em meus olhos e em um ato de impulsividade acabei socando o espelho.

O mesmo se quebrou e a minha imagem ficou um pouco distorcida por causa disso, senti meu sangue descer pela  minha mão, mas não liguei.

Dei um grito, mas não um grito de dor pelos cortes em minha mão, era um grito de dor de uma mãe que foi privada de criar o seu próprio filho por anos.

As lágrimas quentes já molhavam o meu rosto, descendo pelo mesmo e caindo no chão.

Me firmei com as duas mãos na pia a minha frente, nesse momento não confiava mais em meu próprio corpo para se manter de pé.

Senti braços rodarem a minha cintura e já poderia imaginar quem era, fui envolvida em um abraço.

Com certeza esse barulho deve ter o acordado, na verdade por um momento tinha esquecido dele e de que o mesmo estava ali no quarto.

Me virei vagarosamente para ficar frente a frente com o mesmo, o abracei fortemente, como se a qualquer momento eu pudesse me ver sozinha naquele banheiro.

Não falamos nenhuma palavra sequer e agradeci internamente por ele não tentar nenhum diálogo comigo nesse momento.

Tudo o que eu queria agora era apenas me sentir protegida pelos seu abraço e aquecida pelo calor do seu corpo.

Isso nem se parece comigo...mas talvez seja o fato de me sentir vulnerável nesse momento...ou por ser tão vulnerável a ele.

Mas nunca vou admitir isso em voz alta.

Levi: vamos cuidar desse machucado. - ele diz me tirando dos meus pensamentos -

Apenas aceno em concordância.

Ele me puxa delicadamente pelo braço em direção ao quarto, me levando em direção a cama e me pedindo para me sentar na mesma.

Assim eu faço, fico esperando alguns minutos até que o mesmo voltasse, já que ele tinha ido buscar uma caixinha de primeiros socorros.

Não demorou muito para que ele voltasse e se sentasse ao meu lado, o silêncio novamente se fez presente.

Ele pega em minha mão e começa a tirar alguns pequenos cacos de vidro que tinham ficado nela.

Depois disso não prestei muita atenção, meus pensamentos não deixam por estarem a mil.

Levi: pronto. - diz me tirando do transe em que estava -

Percebo que estava olhando para o nada, então me viro para ele e vejo que o mesmo me olhava de uma forma preocupada.

Bem...já era de se esperar depois do susto que eu tive.

Tento dar um sorriso fraco para mostrar que estava bem, mas não deu muito certo, então apenas respirei fundo.

Desvio meu olhar do dele para a minha mão, ela estava com um curativo no lugar em que os pequenos cacos estavam.

S/n: obrigada.- digo baixo e sem olhar para o seu rosto -

Por algum motivo estava envergonhada pela cena que ele viu, estava envergonhada por ser de algum modo um fardo para ele.

O mesmo da um pequeno sorriso e deixa um beijo em minha testa. Logo depois pega a caixinha de primeiros socorros e colocando em cima da cômoda ao nosso lado.

S/n: eu quero interrogar o culpado do envenenamento de historia. - digo decidida -

Ficar ali me escondendo dos meus problemas não iria fazer eles desaparecerem.

Levi me olha atentamente e logo depois respira fundo antes de acenar em concordância.

Ele sabia que era difícil me fazerudar de ideia e brigar agora não seria muito bom para ninguém.

S/n: mas antes eu vou tomar um banho. - digo me levantando e indo em direção ao banheiro -

Não esperei por alguma resposta vinda dele e apenas me fechei no banheiro. Claro não tranquei a porta para não o deixar preocupado.

Essa bipolaridade devia estar o deixando doido e estava a me deixar doida também.

Quebra de tempo

Como eu tinha dito fui tomar banho, não muito tempo depois sai do banheiro e nesse momento eu e  o Levi estavamos a caminho do calabouço, tinha pedido para que um guarda chamasse a Hange e o Erwin.

Em nenhum momento se quer do caminho Levi solto a minha mão e para falar a verdade já estava me acostumando com isso.

Passado mais alguns minutos finalmente chegamos ao calabouço, descer todas aquelas escadas era extremamente cansativo.

Me apoiei na parede ao lado da entrada e levi fez o mesmo,  tínhamos que esperar a Hange e o Erwin chegarem para começarmos o interrogatório. Não queria fazer isso sem eles presentes.

Ficamos mais alguns minutos esperando pelos dois até que escutamos barulhos de passos descendo as escadas.

Logo os dois chegaram ali e obviamente pediram desculpas pelo atraso.

Eu disse que não tinha problema o atraso, o importante era que eles tinham finalmente chegado e que não ficaria brava por conta disso.

Depois desse momento de diálogo fomos em direção a cela do benjamim, pedi para que o guarda abrisse a porta e assim ele fez.

Assim que entramos na cela vimos que benjamin estava com a cabeça baixa, enquanto seus pulsos estavam amarrados a correntes na parede.


Contínua...

Espero que vocês tenham gostado do capítulo.

Até o próximo capítulo.

Kiss😘😘

Como tudo Começou  ( Imagine Levi Ackerman)Onde histórias criam vida. Descubra agora