esperança

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Pov s/n

Depois de algum tempo não tinha mais lágrimas para serem derramadas, com alguma força que ainda tinha consegui me levantar do chão.

Levi me ajudou a continuar em pé assim que percebeu que não estava conseguindo me manter firme.

Tinha refletido um pouco e por hora ia fazer o que koji me disse, o deixar me paz, pelo menos para o mesmo pensar melhor e tentar entender tudo isso.

Era muita coisa para uma criança de 7 anos digerir, mesmo que essa criança tenha morado no subterrâneo e feito coisas inimagináveis para sobreviver.

Mas não podia desistir dele, não podia simplesmente fingir que o mesmo não existia, isso não era algo que eu queria fazer.

S/n: vamos embora. - digo olhando para Levi -

Tenho certeza que minha cara não está das melhores, devo estar com uma expressão cansada, exausta, talvez derrotada, triste e frustrada.

Meu noivo me olha com uma expressão preocupada, mas apenas concorda com o que disse, sem fazer perguntas, sem fazer questionamentos, sem argumentos de como não deveria ir embora agora, sem nenhuma palavra.

Agradecia ele por isso, porque tudo o que eu menos precisava agora era ser criticada ou uma discussão.

Saímos da sala calmamente, não vi ninguém durante o trajeto até o lado de fora.

Mas assim que chegamos do lado de fora podemos ver as crianças brincando um pouco mais afastados do orfanato.

Com certeza estava chorando muito alto e isso poderia ter as assustado de algum modo.

Fico observando aquelas criança brincando todas juntas, enquanto procuro uma em especial , mas não a encontro em lugar nenhuma a minha volta.

Fico um pouco preocupada, mas sabia que ele deveria estar em um lugar sozinho pensando sob tudo.

Paro a minha procura assim que vejo a responsável pelas crianças vindo em nossa direção.

Responsável: não sei o que koji vez ou falou, mas peço desculpa pelo comportamento dele. - essa foi a primeira coisa que ela disse assim que chegou em minha frente, a mesma se abaixa um pouco enquanto pede isso -

S/n: está tudo bem. - digo tentando não transparecer que o que ele falou tinha me machucado muito -

Mesmo que ela tivesse escutado o meu sofrimento, não queria ter que me aprofundar nesse assunto.

S/n: obrigada por ter nos recebido. - digo antes de me afastar com Levi ao meu lado -

Não esperaria para que ela começasse a tentar puxar assunto de alguma forma ou me dissesse que poderia escolher outra criança.

Não queria ser rude com ela ou explodir tudo de ruim que estou sentindo na coitada, que não tem nada haver com o meu problema.

Estavamos indo em direção a carruagem, caminhava de cabeça baixa sem conseguir entrar no personagem de uma pessoa forte, ainda mais quando meu coração parecia ter um vazio.

Levanto um pouco a minha cabeça assim que escuto alguém chamando o meu nome, era uma voz de criança, parecia até a voz do koji, mas imagino que o mesmo não iria querer me ver ou conversar comigo no momento.

Mesmo assim me viro na esperança de que meu filho pudesse estar me pedindo para esperar.

Sinto meu coração pular um pouco mais de alegria assim que percebo que era o mesmo.

Como tudo Começou  ( Imagine Levi Ackerman)Onde histórias criam vida. Descubra agora