não o deixe impune

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Pov s/n

Mãe da flora: que notícias. - pergunta preocupada -

Antes que eu pudesse responder a senhora a minha frente me interrompe.

Mãe da flora: desculpa, que falta de educação a minha, entrem. - diz dando espaço para que entrassemos em sua casa - lá em fora está congelando. - diz fechando a porta atrás de nós -

Ela pediu para que a seguissemos e assim fizemos. A casa dela não tinha luxos, coisas caras ou algo do tipo, mas a simplicidade que ela apresentava era muito melhor do que luxo.

Me fazia lembrar da minha infância, de quando morava com a minha mãe, da nossa casa simples, mas aconchegante e repleta de amor.

Enquanto andávamos pelo corredor da casa deu para perceber que tinham muitas pinturas penduradas pelas paredes, pinturas principalmente da flora, quando era criança ou algumas mais recentes.

Em todas ela parecia feliz ou alegre, nunca triste ou com raiva, não parecia ser apenas um simples fingimento, ela realmente parecia sempre estar de bem com a vida.

Bem...antes de se envolver nessa confusão toda que virou a vida da mesma até chegar aonde chegou.

Sai do transe com a gentil senhora pedindo para que sentassemos no sofá, nem tinha percebido que tínhamos chegado a sala.

Não tive muito tempo para começar a dizer algo já que a gentil senhora novamente me interromper dizendo ia buscar algumas coisinhas para comer e beber.

Levi ou eu não tivemos tempo de recusar, já que a senhora saiu correndo para o que imagino ser a cozinha.

Pelo o que perceber ela devia estar realmente animada com a nossa presença, mas mal sabia a mesma que vinhamos trazendo más notícias.

Sem outra escolha nós sentamos em um sofá de dois lugares, enquanto esperavamos a senhora voltar da cozinha.

Estava começando a ficar ainda mais nervosa, não sabia se ia ter mais coragem de dizer o que precisava quando ela voltasse, já que essa demora toda estava fazendo meus pensamentos irem a mil.

Estava começando a achar que ia ter um ataque de ansiedade, pois minhas mãos começaram a tremer um pouco e a suar.

Meu noivo vendo isso pegou em minhas mãos as segurando firmemente, repetindo palavras doces e que eram tranquilizadoras.

Depois de poucos minutos a senhora estava voltando com algumas coisas em suas mãos, ela estava sorridente e animada.

E ver isso acabou quebrando um pouco mais o meu coração, saber que esse sorriso em seu rosto iria se desmanchar e virar um poço de lágrimas e tristeza.

Eu sei como é receber a notícia de que seu filho morreu, nenhuma mãe deveria receber essa notícia.

Mas no momento essa era a dura realidade, contar que flora morreu não ia ser fácil, porém é necessário.

Se ela soubesse o que realmente aconteceu pela a minha boca iria ser melhor do que se ela soubesse por meio de fofocas distorcidas e mal contadas.

Ela colocou as coisas sob a pequena mesinha de centro da sala e logo depois se sentou em uma poltrona a nossa porta.

Mãe da flora: confesso que você me deixou preocupada, o que minha filha apontou agora, ela sempre foi bem sapeca quando criança, mas sempre uma boa menina. - diz rindo no final da frase -

Confesso se ela continuasse a dizer essas coisas acabaria dificultando ainda mais e minha coragem ia desaparecer por completo.

Mas não é a primeira vez que tenho que dar uma notícia como essa...e tenho certeza que não será a última.

S/n: a sua filha ela...aconteceu uma tentativa de assassinato e o principal alvo era a sua filha..infelizmente ela morreu, sinto muito. - digo tentando procurar um jeito mais...delicado de contar -

A senhora a minha frente não teve nenhuma reação, não teve espanto, choro, xingamento, questionamentos, não houve nada disso, apenas o silêncio que reinou naquela sala e sua forma praticamente paralisada no sofá.

Mãe da flora: isso...é mentira, não é? - pergunta olhando desesperadamente em meus olhos -

Nego sem dizer nenhuma palavra, o pesso da realidade parecia ter a atingido no momento, já que a reação esperada de antes surgiu.

Seus olhos encheram de lágrimas e várias palavras como " minha menina não" começaram a ser deferidas.

Não sei se era o certo a se fazer, mas por um impulso acabo me levantando e rodeando a mesinha apenas para abraçar fortemente a senhora.

Surpreendentemente ela retribui o abraço, e eu nessa altura do campeonato já estava começando a chorar também.

Mãe da flora: por que ..como isso aconteceu? - ela pergunta ainda abraçada a mim -

Seguro o choro para começar a contar, podia não conhecer flora tão bem assim, mas mesmo assim acabei me comovendo com tudo isso...com a reação da mãe dela, que era plausível.

S/n: sua filha acabou sendo enganada....- começo a contar toda as partes mais importantes da história -

A senhora a minha frente estava surpresa com tudo isso e por nenhum momento lágrimas deixaram de descer por suas bochechas.

Mãe da flora: por favor não deixe o culpado por tudo isso impune. - ela disse segurando em minhas mãos e olhando no fundo dos meus olhos -

Fiquei mais aliviada quando percebi que ela não ia me culpar por tudo ou gritar comigo.

S/n: não vou. - digo determinada -



Contínua...

Espero que vocês tenham gostado do capítulo.

Até o próximo capítulo.

Kiss😘😘

Como tudo Começou  ( Imagine Levi Ackerman)Onde histórias criam vida. Descubra agora