Secret Hero // h.s

51| Sean

Músicas:

Skylar Grey - I Will Return

Emblem3 - 3000 Miles

Little Mix - Good Enough

Safira's P.O.V

Harry deixou-me em casa dos meus pais, para poder arrumar as minhas coisas e organizar-me. Disse-me que ia chegar a casa tarde, porque Robbin queria discutir com ele alguns detalhes da minha entrada como designer do grupo.

Por isso, quando cheguei a casa, saudei todos, incluindo o Tony. A Sasha não me falou direito, o que presumo que seja o prato do dia, nos últimos tempos. Enquanto arrumo algumas roupas dentro da mala, a minha mãe vai-me contando como correu a sua viagem durante o fim-de-semana e como tinha gostado de Malibu.

Pessoalmente, acho que não se devia viajar no inverno, para sítios de verão. Não faz sentido nenhum ir para as Caraíbas, quando estão trinta graus negativos em NY.

Claro que ela não desperdiçou a oportunidade de falar do bebé e dizer-me que está expectante que seja uma menina, porque iria fazer bem ao Tony. Reviro os olhos milhares de vezes, sem ela ver, porque sinceramente, ela não se cala e estou farta de a ouvir falar do Tony. Tony isto, Tony aquilo.

- Então e tu e o Harry, onde vão morar? - Pergunta-me de repente, apanhando-me desprevenida. Paro o que estou a fazer e olho-a. Ela está com um sorriso nos lábios, mas posso ver nos seus olhos que está triste por estar a começar a mudar-me.

- No centro.

- No centro? - Ela parece espantada. - Isso não é muito caro?

- Não. - Encolho os ombros. - É normal.

- Agora tens um trabalho, estudas, vais viver com o teu namorado e a seguir vem o quê? Um casamento? - Pergunta-me, fazendo-me engasgar.

- Eu, eu não... - Fico sem palavras. Casamento? Nunca tinha pensado nisso e com os altos e baixos da nossa relação, de certeza que o Harry também não tinha pensado nisso. Quer dizer, não sei. Será que ele já pensou? Não, é impossível. Somos tão novos e é tudo tão recente.

- Não. - Respondo rápido e curto. - Essa ideia não tem cabimento. - Resmungo e fecho a mala, metendo-a no chão.

- Espera. - Ela levanta-se da cama. - Não jantas?

- Não. - Digo e pego na mala, arrastando-a para fora do quarto.

- Safira. - A voz grossa de Tony faz-se ouvir no fundo do corredor e olho para ele com um olhar de morte. - Podemos falar? - Rodo as chaves do carro no dedo e encosto a mala à parede e pouso a minha mala de mão em cima da outra, seguindo o Tony para o seu escritório. Fecho a porta e faço questão de bater com os saltos no soalho, quando ando até à cadeira e me sento em frente a Tony.

- Sê rápido. - Mando. Ele engole em seco, mas mantém a postura de advogado.

- Eu peço desculpa que alguma coisa correu mal. - Começa e eu cruzo as pernas e recosto-me na cadeira, cruzando as pernas ao peito. - Desculpas-me? - Sorriu para ele e levanto-me.

- Queres eu te desculpe? Primeiro, não me tivesses desafiado; segundo, não engravidasses a minha mãe e, finalmente, terceiro, não devias de gastar o meu tempo. - Viro as costas e abro a porta, mas antes de sair, olhei mais uma vez para ele. - Não me experimentes. - Saio, fechando a porta.

A minha mãe sorri-me nervosamente e pego nas minhas malas, levando-as para a garagem. O meu carro está estacionado tal como o deixei e ao carregar no botão da chave, o porta-bagagens abre-se e eu meto lá as minhas malas. A minha mãe olha-me com atenção e pena.