Secret Hero // h.s

27| Here To Stay

Harry’s P.O.V

 

Grunhi alto, saindo de cima da minha namorada. Andei descontraidamente até à porta e apanhei o seu vestido e o meu casaco do chão, voltando para o quarto. Safira já estava entre os lençóis, com um olhar assustado.

- Não te preocupes, princesa. – Sentei-me ao seu lado na cama. – Eu trato disto.

- Porque é que a Gemma está aqui? – Ela pergunta.

- Eu conto-te tudo, depois, ok? Agora dorme. – Assegurei-lhe, beijando-lhe a testa. Levantei-me e fechei a porta do quarto, andando pelo corredor, até ao hall de entrada. Abro a porta. Do outro lado, está Gemma, de braços cruzados, zangada. – O que foi, Gems? – Encosto-me à ombreira da porta, cruzando os braços ao peito.

- Onde é que ela está?

- A dormir. – Respondi.

- Preciso de falar com ela. Ela precisa de saber a verdade. – A minha irmã enruga a testa.

- Eu digo-lhe a verdade, Gemma. Não preciso que ninguém se meta na nossa vida privada. Porra, meu, metam-se nas vossas vidas!

- Harry-

- Eu não quero saber, Gemma. Da próxima vez que vocês se meterem na nossa relação, eu vou atirar muita coisa à vossa cara. E acredita, não vai ser nada bonito! – Digo num tom ameaçador. – Por isso, agora, se não te importas, eu vou viver a minha vida. – E fecho a porta na cara da minha irmã.

Suspiro de alívio, enquanto caminho até à cozinha. Encho um copo com água e quando me viro para ir ter com a minha namorada, Safira está à minha frente, de vestida, calçada e o seu cabelo já não está tão arranjado, está apanhado num rabo-de-cavalo, muito mal feito.

- Safira, o que-

- O que é que ela estava a falar, Harry? – Safira aponta para a porta de entrada. – Que verdade é que ela estava a dizer para me contares?

- Eu explico, tudo. – Suspirei, pousando o copo na bancada. Merda, quando um homem pensa que tem tudo sob controlo, é quando tudo está mais descontrolado. – Mas primeiro, preciso que vás para o quarto, tiras o vestido, os sapatos, porque eu já te empresto uma t-shirt. – Digo com calma, olhando-a nos olhos.

Ela parece mesmo muito cansada. Do nada, Safira estica a sua mão e, sem hesitar, agarro-a e conduzo-a novamente para o quarto. Ajudo-a a tirar o vestido, aproveitando para absorver ainda mais esta linda vista: sutiã preto de renda, tanga preta a condizer com o sutiã e ligas. Meu Deus, a minha namorada traz ligas vestidas. É só a coisa mais sexy de sempre. Respiro fundo e vou até ao armário, tirando uma t-shirt branca, minha e ajudo Safira a vesti-la.

E, de repente, torna-se um sonho, quase molhado. A minha namorada, de ligas, tanga e t-shirt branca, minha, com o sutiã preto a ver-se. Sinto-me a ficar duro, mas controlo-me. Tiro a camisa branca e as calças, deixando-as no chão, se preocupações. De boxers, caminho até à cama e meto-me debaixo dos lençóis. Safira imita-me, virando-se para mim.

- Safira. – Suspiro. Fecho os olhos por momentos, absorvendo a coragem toda e depois comecei. – Quando tinha 7 anos, os meus pais separaram-se. Como sabes, de vez em quando, o meu pai batia na minha mãe. Então, quando a minha mãe pediu o divórcio, o meu pai jurou que iria dar tudo à namorada e que nada iria ficar para nós, os filhos dele. Mas a Gemma era a menina do papá e ele deixou-lhe este apartamento. Então eu achei injusto e quando fiz 16 anos, falei com a minha mãe e ela ajudou-me a entender melhor como era isso das repartições pelos filhos. Então, quando fiz 18 anos, arranjei um advogado e comprei este apartamento à minha irmã. No entanto a minha mãe fez-me jurar que nunca o iria habitar, a não ser que houvesse alguma urgência. No entanto, eu tenho vindo a trabalhar com vários arquitetos e designers para criar um lar perfeito, para nós. E aqui está. Eu quebrei a minha promessa. E a minha mãe não sabe.