21| Family

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Safira’s P.O.V

 

- Bom ano, querida. – Tony beija-me a testa quando chega à cozinha. Estou a tomar o pequeno-almoço e a ver um programa qualquer a resumir os melhores momentos de 2014.

- Bom ano, Tony. A mãe? – Perguntei, franzindo o sobreolho.

- Está um bocado indisposta. Não sei o que se passa. – Diz-me e nesse momento Jack, Sasha e Tom descem as escadas.

- Bom dia e bom ano. – Dizem ao mesmo tempo.

- Obrigado e igualmente. – Digo-lhes e todos se sentam à mesa. Tony agarra no leite quente e leva para o quarto, piscando-me o olho.

- Onde te meteste ontem? – Sasha pergunta-me.

- Fui… fazer uma passagem de ano diferente. A que horas chegaram?

- Eram cinco e meia. Nós fomos dar uma volta. – Jack olha-me atentamente. Adorava poder ler pensamentos, porque aposto que os dele são os mais interessantes. – A tua amiga Summer estava tão bêbeda que chegou ao pé do Niall e disse-lhe “olha, vai buscar-me um copo para eu fazer chichi, porque ir à casa de banho dá muito trabalho e eu mijava pelo caminho, porque já não aguento mais.” – Ri-me.

- A Summer. – Suspiro. – Ela nunca vai mudar.

- Então? Onde é que vamos almoçar hoje? – Tom pergunta, mudando de assunto.

- Eu ah… não almoço cá. Vou almoçar com a família do Harry. – Coro, olhando para a minha taça de cereais.

- E é por isto, que queria que ficasses uma pita para sempre, Safira. – Sasha diz, passando-me a mão nas costas. – Vês? Já vais almoçar com a família do teu namorado! Estás tão crescida!

- Primeiro, não me chames pita. Segundo, o Harry não é o meu namorado… ainda. – Respondo embaraçada.

- Mas são mais do que amigos, certo? Quer dizer, foste passar a passagem! Devem ser amigos mais que coloridos!

- Só mesmo para te calares, eu deixo-te arranjares-me para ir hoje. E por falar nisso, eu vou fazer a minha corrida matinal e quando voltar, vais trabalhar. Vemo-nos mais logo, pessoas.

*

Quando chego a casa, logo reconheço a música que vem do andar de cima. Ela está a ouvir The Weekend, outra vez. Nunca admitiu, mas a minha irmã sempre teve um fraco por pretos e agora anda numa de querer ir ao Brasil, porque lá há mulatos bonitos, de olhes verdes e com sorrisos bonitos. Tom fica sempre chateado quando ela diz isto, mas ela acaba sempre cedendo e pede-lhe desculpa. Acho que quando eles se casarem, se ele não a levar ao Brasil de lua-de-mel, divorciam-se no dia seguinte. Quando chego à cozinha, vejo o meu batido de beterraba em cima da bancada da cozinha. Subo as escadas e vou até ao quarto da minha mãe. Ainda não a vi este ano. Bato à porta e um “entre” deixa-me a saber que posso entrar. Abro a porta e entro. Tony está sentado na cama, de computador ao colo, focado no ecrã e a minha mãe anda de volta do armário da roupa.

- Bem, bom dia e bom ano! – Digo, um pouco surpreendida. – Não te sentias indisposta?

- Bem, obrigado e igualmente. Sim, sentia, mas estou melhor agora e estou a dar uma volta aqui às minhas roupas, porque vou dar as que não uso. E tu? Ouvi dizer que a noite de ontem foi… diferente. – Ela sorri-me. Tony levanta-se.

- Bom, vou vestir-me. Daqui a pouco tenho a Sasha a bater-me à porta a dizer que quer ir almoçar fora. – Tony suspira e retira-se para a casa de banho. Sorriu para a minha mãe e ela agarra-me nas mãos.

Secret Hero // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora