Secret Hero // h.s

43| Fix

Músicas:

Cascada - Everytime We Touch (slow)

Lil Wayne - Mirrors ft. Bruno Mars

Nicki Minaj - Pill N Potions

Harry's P.O.V

 

Digo para mim mesmo que isto é errado. Mas porra, estou tão magoado. E depois de ontem à noite, parece que tudo estava tão baralhado e quando cai em mim, estava a foder a secretária do Robbin contra a parede do meu quarto. Do teu quarto e da Safira.

Safira. Noto que ela está ao pé do elevador a falar com o Robbin e com a minha mãe. Está linda, com aquele vestido branco. Uma princesa.

Mas essa princesa magoou-me, quando fugiu depois de a confessar que a amava e logo a raiva me tapa a visão. Reparo que ela olha para mim, quando os meus pais sobem pelo elevador. Espero que ela não me tenha desmascarado pela desculpa de ontem, que dei à minha mãe.

Agarro na anca da Alee com força e ela olha-me. Os seus olhos azuis olham-me com atenção e o seu cabelo loiro atado naquele coque fazem com que ela pareça uma chinesa. Paro, levando a Alee a imitar as minhas ações e beijo-lhe a testa.

- Vemo-nos logo à noite, babe. — Pisco-lhe o olho, fazendo-a corar e largo-a, seguindo o meu caminho. Vejo Safira a virar-se de repente e a carregar no botão, para chamar o elevador. Conserto o meu casaco e a minha gravata e ponho-me ao seu lado, numa forma profissional. — Bom dia. — Digo, como se isso não me magoasse.

- Bom dia. — Responde curto e grosseiro. As portas do elevador abrem-se e entramos ao mesmo tempo.

- Para que andar? — Pergunto, olhando para os botões com números.

- Último. — Responde-me, também sem me olhar. Clico no botão e vejo Alee a olhar-nos, atrás da secretária, na entrada. Pisco-lhe o olho, provocando-lhe um sorriso matreiro e as portas do elevador fecham-se. — Então a noite foi boa? — Pergunta-me, apanhando-me de surpresa. Olho para ela, que mantém os olhos no chão. Sinto o elevador a puxar-nos para cima.

- Como...?

- Eu estava lá. — Responde-me. — Eu vi-te entrar, ouvi o que disseste. E sabes o engraçado, Harry? Deste-me que pensar esta noite, Styles. — Remarca sarcasticamente e olha-me. O seu olhar carregado de raiva e desgraça.

- Safira, eu-

- Espero que sejas feliz. — Vejo os seus olhos a lacrimejarem. Engulo em seco. Odeio vê-la chorar. — A tua mãe estava preocupada contigo. — Informa-me. — E só para que tenhas a consciência tranquila, eu cobri a tua estúpida mentira. Eu desejo-te felicidades.

- Safira, eu-

- Espera. Deixa-me adivinhar. Estavas bêbedo? Claro que estavas! E deixa-me ver...uh... foi contra a parede do quarto que supostamente era nosso? Aquele que era para dormimos juntos? Os vizinhos já sabem o teu nome? Ou ela não o gemeu alto suficiente? — Fico perplexo a olhar para ela. E, pela primeira vez, não tenho palavras.

- Sim, estava bêbedo. — Olho para a frente. Ainda sinto os meus olhos com o dobro do tamanho, pela surpresa.

- Ótimo. — As portas do elevador abrem-se e ela sai. Vira-se para mim. — Ah! E espero que ardas no inferno com a consciência mais pesada que um elefante. — As portas fecham-se e o elevador desce. Não tenho reação. Estou paralisado. A minha mente não raciocina corretamente.