77| Emotions

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Lorde - Everybody Wants to Rule the World

Bastille ft. Ella Eyre - No Angels




Safira's P.O.V

 

Quando deixamos Liam em Wolverhampton, é como se um peso me fosse tirado de cima. Sinto que ele agora está onde pertence. Harry e eu não falámos sobre o que tinha acontecido ontem no hospital, mas acerca disso, não tenho nada para falar. Aliás, acho que é normal uma pessoa vomitar quando está num hospital, porque é lá que acontece tudo. Mortes, nascimentos, operações e se formos a ver, há sangue em cada laboratório, cada frigorifico...

As nossas mãos encontram-se, quando entramos no hospital. Damos as nossas informações e caminhamos, já pelo conhecido corredor, até chegar ao quarto, onde está a minha mãe e Tony. Entramos, em silêncio e caminhamos pelo amplo espaço, onde estão duas senhoras com bebés: a minha mãe e... espera. Aquilo é uma miúda? Quando ela olha para mim, viro a cara e vejo a minha mãe e Tony a falarem.

Sorriu e ando na sua direção. Rapidamente olho para o berço ao lado da cama e aí estava. A minha irmã. Uma pequena bebé, que dormia docemente. Sorri para dentro do berço, depois levantei o meu olhar até Harry, que chorava.

- Hey, estás a chorar, porquê? – Levei os meus polegares até às suas bochechas e limpei as lágrimas que corriam.

- Eu só...eu estou a lembrar-me da minha irmã. Ela era...super teimosa comigo. Eu era só um bebé. – Ele ri e funga.

- Chorão. – A minha mãe resmunga e eu viro-me para ela, apertando os dedos de Harry, que se encontravam entre os meus.

- Como estás, mãe? – Perguntei, dando-lhe um beijo na testa.

- A sentir-me gorda. A comida do hospital é literalmente uma mer-

- Ah! – Tony interrompe-a. – Linguagem!

- Desculpa. – A minha mãe sorri. – Vocês podem ir lá fora? Precisava de falar com a Safira um pouco.

- Claro. – Tony beija-a. Eu e Harry olhamos um para o outro e sorrimos envergonhados, antes de encostar os nossos lábios. A minha mãe tosse levemente e eu riu-me. Harry e Tony saem do quarto e sento-me no cadeirão, onde estava previamente, o meu padrasto. Dou a mão à minha mãe e ela olha-me com amor.

- O que se passou, Safira? – Ela olha-me e eu enrugo a testa. – Eu sei que vomitaste ontem...o Harry contou ao Tony e o Tony disse-me.

- Aquele bastardo. – Resmungo. – Eu estava apenas a pensar de como deve ser doloroso o processo de ter um bebé...e isso deu-me a volta ao estômago.

- Tens a certeza?

- Sim, mãe. Não há ada de mais. – Digo-lhe. Onde é que ela quer levar esta conversa?

- Há quanto tempo não tens o teu período? – Ela olha-me severamente e eu engelho a testa.

- Há dois me- - Paro, quando percebo onde é que ela quer chegar. Levanto-me rapidamente, andando para trás. – É impossível. – Sussurro.

- Não, não é.

- Mas eu não tenho sintomas, é impossível!

- Safira, quando eu tinha a tua idade, eu pensava exatamente o mesmo. Por favor, tens que ver isso.

- Pode só ser um atraso, mãe. Acontecia-me várias vezes, lembraste? – Exaspero. Não pode ser. Não agora!

- Fazes isso por mim? – Ela pede.

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