Secret Hero // h.s

62| Private

Música à vossa escolha.

Safira's P.O.V

 

O cheiro a torradas entranha-se-me no sistema, quando chego à cozinha. Harry está apenas de boxers a fazer o pequeno-almoço. Suspiro, olhando para baixo, vendo-me apenas com a sua t-shirt, que me dá pelas coxas. Quando olho para cima, Harry está à minha frente a sorrir-me maliciosamente.

- Dormiste bem? – Perguntou.

- Sim. – Murmurei, baixinho.

- Estás muito tensa. – Respira contra os meus lábios. Eu nem forças tenho para o afastar, quando os seus lábios se prendem aos meus. As suas mãos viajam para baixo da t-shirt, fazendo-me saltar e rodear a sua cintura com as minhas pernas. Sinto-o a desviar as minhas cuecas para o lado e a baixar os seus boxers. Um arrepio toma-me conta do corpo quando ele se força contra mim com força e é uma deliciosa sensação. Gemo alto, mordendo o seu ombro esquerdo e arranhando as suas costas. Suspiros são largados da sua boca quando ele me encosta à parede do corredor. – Relaxa, baby. – Sussurra-me.

 As suas mãos viajam até à parede, apoiando-se, enquanto vai e vem dentro de mim a um ritmo horrivelmente delicioso. Eu não quero isto, mas quero ao mesmo tempo. Nada é o mesmo quando ele me faz isto e sinto que os nossos problemas são deixados de lado quando estamos unidos num só corpo. Sinto-me perto do orgasmo, quando ele se força contra mim com força e rapidez. Venho-me num orgasmo arrebatador, segurando o meu corpo contra o seu, rodeando os meus braços à volta do seu pescoço. A sua respiração acelerada e irrigular sente-se no meu pescoço, quando ele sai de dentro de mim, espalhando-se na t-shirt que tenho vestida.

Deixo as minhas pernas perderem a força à volta da sua cintura e ele agarra-me só com um braço, segurando-me contra si, enquanto puxa os boxers para cima com a outra mão e carrega-me até à cozinha, sentando-me num banco. Aproveito a deixa para concertar as minhas cuecas e ignorar o molhado na t-shirt. Controlo a respiração, sem nunca tirar os olhos dele e quando dou por mim, estou sentada ao colo dele e ele está a levar-me o pequeno-almoço à boca. Sinto-me desconfortável com esta t-shirt vestida, mas estar assim ao colo dele, pensando no que acabámos de fazer, é a melhor sensação que já pude ter oportunidade de sentir.

- Tive tantas saudades tuas. – Ele sussurra, beijando-me o ombro descoberto, graças à enorme gola da sua t-shirt.

- Sexo matinal não é para todos. – Gozo e ele ri, quando leva uma garfada de omelete à sua boca, sempre, sem tirar os olhos de mim. Agarro na minha caneca com chá e bebo um pouco, para relaxar os músculos, devido ao sexo matinal.

- Sentes-te bem?

- Sinto que quando estamos assim, como estamos agora, que não há problemas, mas eu sei que há.

- É por isso que precisas de relaxar. Tu pensas de mais nos erros e no passado. Olha o que acabámos de fazer! E para acrescentar, voltaste para o nosso quarto, dormimos juntinhos, agarradinho um ao outro e, por fim, acordei às cinco e meia com um tesão do caralho... - Faço um esforço para não deitar a comida fora, com a sua abrupta confissão e tapo a boca com as costas da mão, continuando a mastigar a minha torrada. Ele olha-me com um olhar divertido. – Tinha que fazer alguma coisa quanto a isso. Ontem, quando saíste do meu escritório tive que me contentar com a minha mão. – Bato-lhe no braço e ele ri.

- És um porco. – Acuso-o.

- Sendo porco ou não, tu amas-me e eu amo-te. – Disse-me, beijando-me a orelha. – Temos que nos despachar. – Informa-me e quando olho para o relógio, salto do seu colo, bebendo o resto do meu chá à pressa e corro para a casa de banho. – Hey! – Reclama, quando tenta abrir a porta da casa de banho, mas vê que está trancada.