24| Far Away

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Nickleback - Trying Not To Love You



Safira's P.O.V

O nosso jantar foi pacífico e quando saímos do restaurante, algumas bocas vieram do grupo das mulheres, mas eu e o Harry mostramos-lhe os nossos dedos do meio, fazendo-as calarem e até houve algumas que folgaram por não esperarem tal coisa.

- És incrível. – O meu namorado riu-se, enquanto me consertava o casaco, cá fora. O meu riso saiu como uma nuvem pelos meus lábios, devido ao frio que ainda estava instalado em NY.

- Eu sei, obrigado. – Os meus olhos encontram os dele. As suas mãos agarram no meu casaco e puxa-me para si. Meto as minhas mãos nos bolsos.

- Nada convencida. – Sussurra, inclinando-se para me beijar.

- Realista. – Corrigi-o e os nossos lábios encontram-se, num beijo só de lábios em movimento e de poucos segundos.

- Queres ir para minha casa? – Pergunta-me, quando nos separamos.

- Hm... não sei. – Respondo seriamente. – Os meus pais não acham muita piada, esta coisa de estarmos sempre juntos.

- A semana passado não estivemos. – As suas mãos caem ao seu lado.

- Eu sei, Harry e foi mesmo por causa disso.

- Eu não percebo! Se estou contigo, é porque passo tempo demais contigo, se não estou contigo, não passo tempo nenhum contigo! É preciso fazer um horário, para nos encontrarmos e para os teus pais te poderem controlar?

- Não é isso, Harry, é-

- Então explica-me, porque sinceramente, Safira, já tens quase vinte e um ano e ainda não tens a tua autonomia! Por favor, que pais é que controlam a filha, quando está à beira de fazer vinte e um ano?

- Eu compreendo, Harry. Eu nunca fui a lado nenhum que não os avisasse e agora, como arranjei um namorado e começo a sair com mais frequência e assim, eles começam a estranhar.

- Safira, estás a um passo de acabares o teu curso. Faltam apenas três meses! E quando arranjares um trabalho? E quando tiveres que ter a tua própria casa?

- Eu percebo-te, Harry. A sério que sim, mas também os percebo a eles. E é difícil. – As mãos de Harry entram nos bolsos do meu casaco e apertam as minhas ligeiramente.

- Passa a noite comigo. – Pede, aproximando-se.

- O quê?

- Passa a noite comigo. É a minha primeira noite no meu apartamento e não me apetece estar sozinho. Podemos fazer o que quiseres, jogar às cartas, ver filmes...

- Eu não sei.

- Por favor? – Ele levanta as sobrancelhas.

- Ok. – Suspiro. – Mas primeiro vamos ter que passar em minha casa. Enquanto falas com os meus pais, eu vou arrumando as minhas coisas.

- Espera. Eu? Falar com os teus pais?

- É uma condição! – Dou-lhe um sorriso.

- É impossível resistir-te. – Ri-se, dando-lhe outra beijo e seguimos para o seu carro.

Quando chegamos a minha casa, os meus pais logo deram as boas-vindas a Harry e apertei a sua mão em sinal de força, antes de ir para o meu quarto, arrumando as coisas. Espero mais uns minutos e ouço uns passos a subirem as escadas. A porta do quarto abre-se e Harry aparece com um grande sorriso. Salto de contentamento e abraço-o. Os seus braços rodeiam-me. Pego na minha mala e saímos do quarto, descendo as escadas. Despeço-me dos meus pais e reparo que a minha mãe está a chorar.

Secret Hero // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora