19| Surprise, I like you

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Músicas:

Nickleback - Make Me Belive Again

Nickleback - Miss You




Safira's P.O.V

Quinta à noite.

Talvez a minha noite preferida.

Aquela que tenho direito a descansar, porque é quando a minha mãe vai com a Emma ao jardim e o Tony fica a trabalhar até mais tarde. Estava a ler um livro qualquer que havia no escritório de Tony, que ele costuma ler, sobre filosofia. E quase que ia adormecendo por três vezes.

Os meus pés descalços fazem o seu caminho de volta para o escritório e ponho o livro na estante, tirando outro sobre a sociedade do século dezasseis e a sociedade do século vinte e um. Sento-me no seu cadeirão e meto os pés em cima da mesa.

Enruguei a testa. Não dizia o nome do autor, nem a editora. Era apenas um velho livro com uma capa vermelha escura, muito debilitada. Andei até ao meu quarto e calcei as minhas botas, pus o meu cachecol e o meu casaco e peguei no livro. Desci as escadas para a garagem e só rezava para que um dos carros tivesse estacionado. Para minha surpresa, o jipe estava. Então peguei na chave e entrei, abrindo os portões. Saio da minha garagem e conduzo por NY, parando em alguns semáforos, deixando as multidões passarem, parando em STOPs. Quando cheguei à biblioteca rapidamente me dirigi à velha senhora que lá trabalha há quarenta anos e sabia perfeitamente os livros todos de uma ponta a outra.

- Boa tarde, Mrs. Potts. - Abracei-a.

- Safira, há quanto tempo! - A velha senhora sorriu-me, fazendo salientar as suas rugas. - O que te trás por cá?

- Eu vinha... - Tirei o livro da mala. - Bem, encontrei este livro em minha casa. Mais precisamente no escritório do meu pai. Eu comecei a lê-lo, mas reparei como não tem autor, nem tem editora. - Entrei o livro. De repente, um monte de papéis soltos cai no chão. Rapidamente me baixo e apanho-os todos. Mrs. Potts olha para o livro, que tinha ficado com menos de metade do volume. Pego no livro. - Com licença. - Pedi e abri-o, vendo logo o autor e a editora escritos. - Desculpe, acho que já não vou precisar da sua ajuda. Posso utilizar uma mesa?

- Claro, querida, estarei lá à frente, se precisares de mim. - Acenei e ela retirou-se.

Rapidamente abro todos os papéis em cima da mesa, folgando, quando me apercebi do que se tratava. Fotos minhas e da minha mãe estavam imprimidas nas folhas de papel, juntamente com vários apontamentos. Li atentamente o que estava escrito, o que foi super difícil, porque o Tony tem uma letra que mais parece árabe. Depois de muito pensar e observar, pode concluir que eram números de contas bancárias. Assustei-me, quando vi o meu nome e à frente tinha uma seta, depois tinha escrito 30600$.

Isto é o dinheiro que tenho na minha conta bancária? Foi por isto que a minha mãe nunca me deixou ter um cartão? Foi por isto que nunca tive acesso à minha conta bancária?

- Hey, Peterson. - Ouvi uma voz a dizer e rapidamente dobrei os papéis novamente e olhei para cima, para ver um par de olhos azuis a olhar-me. Bufei, revirando os olhos. - Posso? - Apontou para a cadeira. Encolhi os ombros. - Vou tomar isso como um "sim". - Disse e puxou a cadeira, sentando-se à minha frente. - O que estás a fazer?

- Nada. - Respondi baixinho, pondo os papéis dentro da minha mala.

- Então... tu e o Styles?

- Deixa-te de merdas, Louis. - Revirei os olhos.

- Wow! Tem calma! - Riu-se, metendo as mãos no ar, em sinal de rendição. - Já vi que isso é uma ferida. Só me impressiono com a facilidade que o perdoas. Devem de gostar mesmo um do outro. - Diz-me, mastigando a sua pastilha, enquanto puxa o cabelo para trás e mete as mãos nos bolsos do seu casaco.

Secret Hero // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora