Secret Hero // h.s

25| Broken Surprise

Harry’s P.O.V

- Harry, Harry! – Safira chama. Viro-me.

- O que foi?

- Estás chateado comigo?

- Estás sempre agarrada àquele gajo, Safira. Tu és minha, percebes? – Agarro na sua cabeça, olhando-a nos olhos.

- Harry-

- Eu sinto-me ameaçado por ele, percebes? – Sussurro. – Tu ris-te com ele, agarraste a ele, aos abraços… como é que queres que me sinta?

- Harry. – Ela chama, passando as mãos pela minha face. É como um feitiço, que me acalma. – Eu só te quero a ti, sim? Só tu. Se continuamos a discutir assim, eu desisto, ok? Esquece os outros, Harry. Somos só nós: tu e eu.

- Ugh… - Suspiro e beijo-a levemente. – Odeio discutir contigo.

*

Enquanto dançávamos, Safira suspirava. Estava realmente a irritar-me. Sempre a suspirar, sempre a suspirar.

- O que foi? – Perguntei-lhe, sussurrando-lhe ao ouvido.

- Eu só… - Ela volta a suspirar. – É exatamente como eu imaginei, Harry. – Ela olha-me nos olhos. – Nós os dois a dançarmos, a sermos felizes… - Sorri-lhe e beijei-a.

- Tu fazes-me feliz, Safira. Eu tenho uma surpresa para ti, vem comigo. – Agarrei no seu pulso e caminhámos calmamente até à rua. Abri o carro e deixei-a entrar primeiro e depois dei a volta e entrei.

- Onde vamos? – Perguntou, visivelmente entusiasmada.

- Já vês. – Sorri-lhe de lado.

Safira’s P.O.V

 

Já estávamos no carro há meia hora. O silêncio era super desconfortável e sentia que ele me estava a raptar e não a levar-me para me fazer uma “surpresa”. Se calhar essa, sempre foi a surpresa e agora já é tarde demais para eu fugir.

- Estás com frio? – Harry pergunta-me.

- Mais ou menos. Não podemos ligar o rádio?

- Já estamos a chegar. – Disse e cinco minutos depois, estávamos a estacionar o carro. Sai de dentro do Audi e ajeitei o vestido. Harry deu a volta ao carro e despiu o casaco, metendo-o por cima dos meus ombros. Sorri-lhe e ele deu-me a mão, encaminhando-me para um grande edifício.

- Isto não é coração de Londres?

- É. – Sorriu. Quando dei por nós, já estávamos a subir as escadas de um prédio luxuoso. – Sinto-me como se fossemos para a nossa lua-de-mel.

- Como assim? – Perguntei, quando parámos à frente de uma porta e Harry tirou uma chave de lá de dentro, metendo-a na fechadura e abrindo a porta.

- Por isto. – Quando dei um passo para dentro do apartamento, as luzes acenderam-se.

 Um hall de entrada luxuoso. No centro havia uma mesa com uma jarra com um bouquet de rosas brancas. Harry pega-me na mão e leva-me até à sala. Uma mesa de apoio, um plasma e um sofá em L, estavam cuidadosamente postos, de modo a tornar esta sala tão pormenorizadamente bonita e elegante. A casa de banho tinha dois lava mãos, dois espelhos e uma banheira de massagens. Depois seguiu-se a cozinha, de tons de vermelho morto. Móveis sofisticados, eletrodomésticos sofisticados e um cheiro tão agradável. Depois seguiram-se os quartos. O principal tinha uma suíte, parecida com a outra casa de banho, um closet privado e era em tons de preto e branco, com uma cama de dossel.

Em resumo: um apartamento perfeito.

- Isto é perfeito, Harry. – Falo, quase sem folego.

- Isto é para nós. – Harry diz-me e eu quase congelo.

- O quê? – Viro-me para ele.

- Não estou a dizer que é obrigatoriamente agora, não é? Mas um dia, quem sabe…

- Mas…mas nós nem somos-

- Namorados, eu sei. – Ele caminha até à mesa-de-cabeceira e retira de lá uma caixinha revestida de veludo preto. – Mas podemos vir a ser… - Dá-me a caixinha e eu abro-a. Folgo quando encontro um lindo anel lá dentro.

- Harry, isto é muito. – Olho para ele, preocupada. – Não era suposto ser assim… nós temos que tentar primeiro. Depois então podemos-

- Podemos fazer uma vida juntos, mas Safira… nós já passámos por tanto. Atenas foi ótimo, estes dias contigo têm sido ótimos… é isto que quero, percebes? Quero estar ao teu lado, poder agarrar na tua mão, poder dizer que és a minha namorada, poder proteger-te. Eu percebo que precises de tempo para pensar. Se quiseres, eu dou-te todo o tempo e espaço do mundo, mas Safira, isto somos nós. Isto é o nosso futuro. Não te estou a pedir em casamento, estou a propor-te a fazeres-me feliz e a estares ao meu lado. Sim, a Cynthia foi importante para mim e fez-me sentir vivo, mas desde que te conheço que és tu, Safira. És tu e só tu. És tu que fazes o meu coração acelerar, és tu que me fazes feliz, és tu que fazes a minha pele arrepiar-se, és tu que fazes o meu dia. Tu és o meu dia.

- Oh Harry! – Abraço-o, apertando-o contra mim. – Eu quero, Harry, eu quero, mas… somos tão novos e é tudo tão recente que eu nem sequer tive tempo de ver o quanto és importante…

- Não importa, Safira. Mas… será que posso começar a dizer às pessoas que és a minha namorada? – Ele retira o anel da caixa e mete-o no meu dedo anelar.

- Claro que podes, Harry. – Sorri e beijei-o.

- Deus, fazes-me tão feliz. – Suspira no meio do beijo.

- Nós partilhamos o mesmo sentimento. – Digo, encostando a minha testa à sua. De repente, o meu telemóvel começa a tocar. – Merda. – Amaldiçoou. Tiro-o da minha mala e vejo o nome de Summer a brilhar no ecrã. – Sim? – Atendo.

- Onde é que estás? – Ela grita do outro lado.

- Vim… estou a…

- Ok, já percebi. Está aqui uma rapariga à procura do Harry. – Enrugo a testa e olho para o moreno de olhos verdes à minha frente, que me olha atentamente.

- O Harry? Quem é?

- Ela diz que é prima dele. Chama-se…uh…como é que te chamas?... Chama-se Kate. Katherine. – Corrige-se. Katherine? E, de repente, lembro-me da loira falsa da família de Harry.

- Espera um segundo, Summer. – Tapo o telemóvel com a mão. – Harry, a tua prima Katherine anda à tua procura.

- A Katherine, o que é que ela quer?

- Eu não sei! Devíamos de voltar.

- Mas eu tinha planeado passar hoje a noite aqui, contigo. – Harry parece desiludido.

- Eu adoraria. Mas… e se for alguma coisa grave?

- Com a Katherine? – Harry aponta para o telemóvel. – Com a Katherine só há uma coisa grave: problemas, para o meu lado.