Secret Hero // h.s

72| Brother

Músicas:

1D - Story of my life

Harry's P.O.V

Os meus primos não me largam, enquanto não subo ao palco e faço o meu discurso. Levanto-me e bufo, olhando para a rapariga que amo. Ela ri-se para mim e faz-me um sinal de "ok". Abano a cabeça e caminho lentamente até ao palco, subindo para o mesmo. Olho para os convidados, que me sorriem e depois olho para o copo de champanhe que tenho na mão. Consigo sentir o álcool a tomar conta de mim lentamente, mas hoje é um dia de festa...e a Safira pode-me levar para casa...e finalmente voltar para o nosso quarto, porque há três, ou quatro noites, que estou sem ela.

- Bem, uh... - Começo e olho para a minha mãe, que tem um olhar divertido e um sorriso dança-lhe nos lábios. – Eu já estou um bocadinho bêbedo, por isso, se disser alguma coisa que não deva, não me culpem. – Ouço pequenos risos e olho para Safira, que me olha divertida. – O que é que eu tenho a dizer? Bem, primeiro, eu não preparei discurso nenhum, por isso, vai de improviso. – Riu-me nervosamente, mas, modéstia aparte, estou-me a sair perfeitamente bem. – Robbin, espero bem que trates bem dela, senão, vou ter que andar à porrada contigo e isso é o que menos quero e mãe...oh mãe, tu és uma mulher fantástica e fico feliz por finalmente teres encontrado alguém que te trate bem, que cuide de ti, que seja amável...eu desejo-vos as maiores felicidades e quero que vocês sejam felizes, muito felizes. Sabem, há uma parte nas nossas vidas que nós sofremos o zing. Agora, vocês perguntam, "o que é o zing?". Bem, eu explico. Zing, foi o que aqueles dois ali sentiram. Foi apenas um olhar, foi a sensação de conhecer alguém que nos podia salvar, sem nós sabermos. Eu sinto que o Robbin foi o teu herói secreto e tu só descobriste isso, quando ele te pediu em namoro. Sim, porque não pensem que isto é um mar de rosas! Aqui a dona Anne é teimosa e casmurra! Eu admiro o facto de haverem poucos casais como vocês. E tenho a dizer que eu sei perfeitamente o que é estar apaixonado. – Suspiro e olho para Safira, que tem um sorriso na cara. Riu-me e abano a cabeça, baixando-a. Um pequeno "awn" é ouvido e volto-me a rir, olhando para a rapariga que eu amo, novamente. – Ela é a melhor coisa que já me podia ter acontecido. Não foi a forma como ela aprendeu a lidar comigo, mas sim a forma como ela expulsou todos os demónios do meu passado e, sei que é amor, a partir do momento em que quando erramos a sério, ela está lá para me apoiar e para me dar a mão e para ultrapassar os obstáculos comigo. Houve tantas complicações na nossa relação, mas ela continuou lá, ela lutou ao meu lado e, quando mais precisei, ela sorriu-me e disse-me que tudo ia ficar bem. Eu sei que isto se resume a ti, mãe e ao Robbin, mas eu amo-a tanto que sinto que já estou a fazer um pequeno aquecimento para o meu casamento. Que, espero eu, esteja para breve. Resumindo, eu quero que vocês sejam felizes para sempre. – Acabo, sentindo as lágrimas a picarem-me os olhos e toda a gente bate palmas. Riu-me para mim próprio e saio do palco. Quando me sento, a minha mãe enche-me de beijos e diz-me o quão orgulhosa está, de eu me ter dedicado assim, em frente a estes convidados.

*

Quando já são onze da noite, a festa continua. Já estou na minha quarta caipirinha e sinto que já não estou nada bem. Safira ainda não se levantou do seu lugar, a não ser para ir à casa de banho. Sean ficou na mesma mesa que ela, mas isso é uma coisa a ignorar.

Levo a minha mão até ao meu bolso direito das calças e tiro o papel. Respiro fundo e olho para Safira, que está virada de lado para mim e sorriu para mim mesmo. Levanto-me e ando até ao palco. Vou até ao homem da guitarra e falo com ele, acerca do que quero, o que ele responde, agradavelmente que sim, que faz. Agradeço-lhe e volto para o meu lugar. Quando a música acaba, o senhor com quem falei, pega no microfone.