11 - alexia

802 153 77
                                    


Eu não sei o que eu tinha na cabeça quando topei isso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu não sei o que eu tinha na cabeça quando topei isso. Mal saí do banho e tem suor escorrendo na pele. Caminho de um lado para o outro, inquieta. Não é tão fácil assim ou eu já teria tido outra oportunidade como essa antes. Meu pai vai descobrir, eu nunca mais vou para a faculdade e, sei lá, ele vai arrumar um homem esquisito para eu casar.

Meu Deus, isso é possível?

Não, de qualquer forma, eu ainda posso me matar se tudo der errado.

— Desculpa mesmo incomodar — repito pela milésima vez enquanto Lissa vasculha o armário.

É difícil encontrar algo que sirva em mim quando todo mundo que mora aqui é mais baixo e magro comparado a mim. Sei que usar minhas roupas é ter certeza que eu irei passar a noite me torturando e desconfortável, então realmente preciso que ela encontre algo.

Eu experimento mais dois vestidos antes dela encontrar uma saia que fique mais confortável. Ela ainda é curta, mas pelo menos não está me sufocando. Bom, eu só preciso torcer para meus pais não terem nenhuma intuição sobrenatural sobre "filhas recatadas com saias curtas" ou irei encontrá-los mortos na sala quando voltar.

Ela me maquia, mas não me sinto tão confortável, o que resulta em uma versão mais simples com gloss e brilho nas bochechas. Para voltar ao quarto de Maitê, caminho pelo corredor meio encolhida como se alguém a mais estivesse vendo. Todos os meus antepassados, talvez.

— Maitê? — Abro uma fresta da porta, mesmo que ela tenha pedido para entrar de uma vez.

— Arranjou alguma coisa? — pergunta ao terminar de abrir a porta.

Ela me olha de cima a baixo antes que eu responda.

— Tá bonitona, doutora. — Sorri de canto e eu noto que a sua camisa ainda está completamente desbotoada.

Preta, manga curta e pequena comparada a que ela usa na faculdade. Ainda sim, não mostra um pedaço da barriga como a blusa que uso — não quando estiver fechada. O cabelo está jogado para trás e ela usa um perfume... amadeirado?

— Você também está — comento, um pouco atrasada.

Ela ri.

— Confortável com isso aí? — Traz o assunto para as minhas roupas novamente.

— Contato que meus pais nunca vejam, tá tudo bem — respondo e sento na cama.

O quarto de Maitê é confortável, bonito e minimalista. Mesmo que ela já tenha feito questão de dizer que foi um acordo na justiça com o pai rico e que não tem tanta condição quanto parece, ainda fico maravilhada: é um apartamento de luxo.

Nós em Nós ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora