ATENÇÃO: Essa é uma história poliamorosa, lésbica e +18. Possui conteúdo sexual, incluindo práticas de BDSM. Para saber mais, consulte o primeiro capítulo.
Maitê nunca ousaria dizer em voz alta, mas tem alguém tirando seu fôlego nos últimos meses. P...
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— Eu não conheço ninguém com esse nome.
Seis da manhã. Estou pingando de suor em meio a uma série de supino, com a barra parada no meio do caminho enquanto minha irmã mais nova se finge de sonsa no outro lado da ligação. Não posso reclamar, foi uma escolha minha se oferecer para ajudá-la a ser um pouco menos sedentária. É irritante? Um pouco, mas é uma forma de me aproximar dela de novo.
Então treinamos juntas. Eu aqui, ela em São Paulo.
— É, Valentina. Eu também me surpreendi que você tem uma amiga que não é nerd e nem esquisita como você. — Coloco a barra de volta no lugar.
Recupero o fôlego, com as mãos na cintura. Estou tentando tirar informações sobre a irritadinha desde que percebi que ela conhece a minha irmã, mas está impossível. Tina deve ter feito um acordo para não falar nada, já que Maitê também parece se esforçar para não demonstrar isso.
E só Deus sabe o quanto estou sedenta, o que me fez ter levado um block dela por um nude.
— Todas as minhas amigas são bonitas e interessantes, se quer saber. — Reviro os olhos enquanto bebo um gole de água. — ...Mas a Maitê é também nerd e esquisita.
Franzo o rosto.
— É?
Volto ao supino, sem tirar a atenção da conversa. Ainda que Maitê realmente tenha um problema com ansiedade, ela parece uma pessoa perfeitamente sociável. Não consigo imaginar uma situação onde ela seja tão desprovida de contato humano quanto minha irmã.
— Sim, a gente se conheceu por um RPG online.
— Ih, amigas virtuais? — Faço careta.
— A gente já se viu pessoalmente e, segundo, boa sorte desdenhando enquanto tenta chamar a atenção dela.
— Eu não quero chamar a atenção dela. E o que mais? Cosplayers, essas coisas ridículas? — pergunto, curiosa.
— Ninguém tem culpa se você não tem nenhum hobby, Rina. E não, ela não faz cosplay. — Ela respira fundo. — Como você consegue falar e fazer exercício enquanto eu tô quase morrendo sem fôlego?
— Você é um frango ainda. É natural que esteja assim — respondo e ela murmura um "vai se foder". — Continue o assunto.
— Eu não vou falar mais de Maitê. Além disso, por que quer saber?
