ATENÇÃO: Essa é uma história poliamorosa, lésbica e +18. Possui conteúdo sexual, incluindo práticas de BDSM. Para saber mais, consulte o primeiro capítulo.
Maitê nunca ousaria dizer em voz alta, mas tem alguém tirando seu fôlego nos últimos meses. P...
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Eu vou me matar.
Engraçado, eu nem me formei, quem dirá ter um registro no conselho de psicologia. Ainda sim, eu acho que vou ser banida dela só pela quantidade de vezes de pensamentos ridículos que eu tenho nas últimas vinte e quatro horas. Ou talvez eu nem precise ser banida, vou morrer antes mesmo.
Não, não estou banalizando o suicídio: eu realmente quero morrer.
Não sei o que deu em mim. Não sei, ainda que eu lembre de cada detalhe, é um borrão. Eu lembro, me pergunto o porque me submeti a isso e lembro de novo. É uma tortura, o tesão passou e só sobrou a vergonha.
Catarina, uma filha da puta. E Alexia uma...
Que merda. Que merda.
— Acho que a crente passou as pernas em você... — Tina diz, enfiando um pedaço de pão na boca.
No meus fones de ouvido, o maldito asmr que faz querer esfolar a Valentina por isso. Não que seja culpa dela, eu só estou à beira de um ataque de nervos. O que eu vou fazer? Eu provavelmente deixei para o meu eu do futuro pensar nisso e eu sou o meu eu do futuro agora.
— Sabe, esse chupão aí? Isso é lá coisa de quem nunca fez nada na vida?
Toco no pescoço. É óbvio que não cogitei que isso aparecia por uma tela de computador, mas lá está ela: encontrando o meu primeiro furo depois de contar o que aconteceu. Algo como quase transei naturalmente com a Alexia enquanto nós duas estávamos sozinhas e não "sua irmã estava lá também e tenho certeza que tudo foi feito de propósito para me humilhar".
— É, pois é... — digo, engolindo em seco.
Ela ri.
— Estou surpresa que você permitiu um chupão quando dizem as más línguas que não aguent...
— Eu juro que nunca mais falo com você se terminar essa frase — a interrompo e ela cobre o rosto, rindo.
— Tá, tá. Não farei. — Ela encosta o cotovelo na mesa. — Mas o que tem de tão grave em quase ter transado com a crente?
— Tudo? Tina, acho que você não tá entendendo. Ela é... além de ser minha amiga o que, convenhamos eu já acho péssimo, tem uma situação muito delicada para eu jogar pra merda por tesão. Não que eu tenha sido tão... forte... assim, mas... horrível. Eu não sei como sobrevivi até agora, mas amanhã... eu acho que não vou para a faculdade.
