ATENÇÃO: Essa é uma história poliamorosa, lésbica e +18. Possui conteúdo sexual, incluindo práticas de BDSM. Para saber mais, consulte o primeiro capítulo.
Maitê nunca ousaria dizer em voz alta, mas tem alguém tirando seu fôlego nos últimos meses. P...
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Preciso dar zoom para ver o rosto de Maitê na foto em grupo que ela postou no Instagram. Não é a única, há duas fileiras preenchidas. Duas fotos no espelho, lugares diferentes. Uma da irmã, dá para ver um pedaço de um bolo no finalzinho da imagem. Mais duas sem ela, uma orquestra e alguma lojinha de artigos nerds. Nenhuma me interessa além da foto em que ela está sentada no meio de algumas garotas. Nunca vi nenhuma delas além da minha irmã, que está sentada ao lado.
Pouco me importa, o zoom na imagem vai direto no sorriso da mal-humorada. Não é algo gigantesco, de rasgar o rosto de uma ponta a outra. Só é... um sorriso genuíno de alguém que está sempre com uma carranca no rosto. Os olhos que já são pequenos, menores. Eu a entendo, ela parece bem mais inofensiva desse jeito.
Bem mais... vulnerável.
O que, pelo visto, é exatamente o que ela é.
Quero fingir que não, mas estou em uma zona perigosa. Eu deveria estar mais preocupada com a minha relação com Alexia: ela é ingênua demais para o meu bico. Eu não deveria transar com ela, Maitê está certa, mas estou cada vez mais interessada em levar adiante. Ela fica confortável, gosta de sexo. E, convenhamos, eu sou a melhor pessoa para ajudá-la nisso, sem julgamentos.
Eu deveria parar, eu sei. Ainda que meu passado gentil me ajude, posso cometer deslizes. Ou tornar nossa relação maior do que realmente é. São as primeiras vezes dela, é natural que ela crie certos sentimentos sobre isso.
Românticos, talvez. Eu deveria estar com medo. Não estou interessada em uma relação dessas, independente de quem seja.
Mas não fico. Algo me diz que eu e Alexia temos mais em comum do que parece. Que ela só é alguém reprimido, mas nada que o tempo não resolva. E eu. Porque vou fazer questão de continuar.
Com Maitê, é diferente. Ela não é uma ex-adolescente reprimida, não é alguém inexperiente tomando decisões impulsivas. Não, ela é uma mentirosa. Uma bomba de fingimentos. Eu não sei por onde estou indo, não sei. Porque algo me diz que ela é fechada demais para eu saber algo dela além do que Tina me contou.
E, puta que pariu, eu quero transar de novo. Quero incitar, levar ela para a minha cama, irritá-la até que exploda de tesão por mim. Sei que consigo, sei que ela quer tanto quanto eu. E Maitê no sexo foi melhor do que eu esperava. O tipo de caixinha de surpresas que só uma carinha brava com postura submissa traz.
Mas eu sei que a chance de ela se machucar é muito maior do que a de Alexia. Que se eu não sei realmente o que ela pensa, vou me foder junto. O que é uma droga porque queria manter isso mais um pouco.
Não sou contra amizades depois de um lance, ainda que as mulheres que eu fique não sejam muito a favor disso.
— Por favor, me avise quando for sobre Maitê para que eu possa recusar a ligação.