Catarina - 10

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Não vejo a hora de jogar essas informações sobre a mesa

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Não vejo a hora de jogar essas informações sobre a mesa. Quero me deliciar em um momento oportuno, de preferência que ela esteja nua na minha cama depois de eu retribuir todo o esforço que ela fez para chegar até mim. Quero... porra, estou em êxtase. Quem diria que a veterana de Psicologia que me me deixou tão intimidada no primeiro semestre estaria... sedenta por mim?

Nem eu acredito.

Não que eu duvide da minha capacidade, mas Maitê... Acho que a única vez que a gente se esbarrou realmente foi no primeiro semestre em uma calourada. Eu ainda estava no arquétipo superei a ex e ela... a camisa quase inteira aberta, o suor descendo o peito e a garrafa de cerveja em mãos. Um pesadelo. Estava intimidada pra caralho, mas ainda teria tentado se Julia não tivesse me dado um chega pra lá antes e dito quem era.

Maitê. Veterana de Psicologia, poucos amigos e... imprevisível. Mais tarde, ouvi dizer que ela gostava das coisas do jeito dela — que coincidência, eu também. Não que eu seja sensível a levar um fora, mas acho que naquele momento era um pouco delicado para o meu ego.

Não tive outra oportunidade. Mas acho que se tivesse, não teria avançado. Algo sobre o ego também.

O que é engraçado quando penso o quão inflado ele está depois que descobri tudo. Então quer dizer que a única filha da puta que ignorei o meu interesse na minha vida inteira é a mesma que entra em uma optativa só para me foder? Não creio.

É bom valer a pena, minhas expectativas estão nas alturas.

— Mas essa... caloura aí que você pegou pra criar não tá muito estranha, não? — Julia se encosta na cabeceira da cama.

Formo uma careta, inclinando um pouco a cabeça para vê-la. Como uma casa praticamente sem móveis, é normal que a cama seja sempre o lugar social daqui. Não que venha tanta gente e a cama serve bem o seu propósito nisso, mas quando é com Julia... parecemos duas adolescentes. Cada uma deitada com a cabeça em um extremo da cama, de barriga para cima e falando as maiores estupidez já ditas. Um cenário ainda pior quando dividimos um baseado.

— É. — Coloco o cigarro entre os lábios. — Confesso que é meio esquisito Alexia ter me contado tudo isso, mas... acho que ela tava tão desesperada na primeira semana de aula que faz até sentido essa necessidade de agradar a amiga que conseguiu.

— Coitada.

Talvez seja só um pouco curioso ter escolhido logo Maitê para sua devoção.

— Não vai ferrar a garota, então?

Sorrio. Nem passou pela minha cabeça. Sei que é questão de necessidade provocar Maitê sobre isso, mas preciso arranjar uma maneira de não envolver Alexia.

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