Capítulo 25

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Heloísa Carter
(Personalidade da Hellen)

Eu já estava com isso guardado a muito tempo, eu precisava colocar para fora.
Felipe é um homem lindo tanto por dentro como por fora, jamais olharia para alguém como eu.

É até engraçado pensar dessa maneira pois não entendo praticamente de nada mas sinto que tem algo diferente dentro de mim.
Na verdade, desde a primeira vez que vi ele.
Toda vez que olho para ele sinto um frio na barriga e isso não é normal, eu sei que não.

Logo eu que sempre protegi minhas irmãs, me sinto protegida ao lado dele. Uma sensação que desconhecia até o momento que ele entrou nas nossas vidas.

Suspiro deixando as lágrimas cairem. Eu queria tanto que tudo fosse diferente. Nós queríamos.

F: Hellen. - me chama e eu o olho. Também tinha lágrimas em seus olhos. - Eu amo você. Amo você diferente das meninas. Eu olho para você e vejo uma mulher, a mulher que eu quero para minha vida. Como não iria amar você? Você é perfeita, você é incrível. Não tem como não te amar.

H: Você só está falando isso por pena. - fecho os olhos e sinto ele deitar atrás de mim. Seus lábios tocam meu ombro por cima da camiseta e me puxa virando de frente para ele.

F: Jamais. - olhou nos meus olhos. - Te amo loirinha, como nunca amei ninguém antes. - suas mãos tocam as minhas levando até sua boca onde deixa um beijo. - Me perdoa por não ter deixando isso claro antes.

H: Promete que não vai fazer nada de ruim comigo? Com a gente?

F: Nunca faria nada de mal para vocês, eu prometo. - concordo e ele passa a mão no meu rosto limpando minhas lágrimas. Suspiro ao me lembrar da Juliana. - O que foi?

H: O que vai acontecer em relação a Juliana? - pergunto.

F: Precisamos entrar um relatório médico para o juíz comprovando que vocês estão em plena consciência. - concordo. - Infelizmente eu não posso fazer porque vocês moram comigo mas tenho um colega de profissão que pode fazer. Só que antes ele quer conversar com vocês.

H: Por que? - suspiro, não poderia ser tão fácil assim.

F: Ele não quer arriscar a profissão dele e eu entendo. No lugar dele também iria pedir para ter uma conversa antes. - beija minha mão novamente. - Mas não se preocupe, entregando o relatório médico, ela volta para a cadeia e ficaremos livres dela, ok? - apenas concordo ficando em silêncio.

Fico olhando em seus olhando e vejo o quão bonito ele é. Sinto uma sensação estranha no meu corpo e toda parte arrepia. Ele sorri e me sinto pior ainda. Mas não é uma sensação ruim e sim boa.
Sorrio também até que tomo coragem pra fazer algo que jamais imaginaria.
Me aproximo dele e deixo um beijo na sua boca. Seu olhar se torna surpreso mas ele sorri fechando os olhos.

H: O que foi? - pergunto. - Não gostou? - ele continua de olhos fechados e sorrindo. - Fala alguma coisa.

F: Eu amei. - sorrio sentindo meu rosto esquentar.

H: Eu acho que fiz errado mas... - ele me interrompe.

F: Não. Foi ótimo. - sorri. - Um passo de cada vez, tabom? - concordo. - E esse foi um grande passo.

Ficamos nos olhando mais um pouco até que seu celular toca chamando a nossa atenção. Ele pega o mesmo atendendo.

F: Bom dia... Não vou sair hoje... Posso te dar a resposta daqui a 2 minutos? - pergunta me olhando apreensivo. - Tá, já te ligo. - ele desliga o celular e me olha.

H: O que foi? - pergunto e ele suspira.

F: Meu irmão precisa sair e não tem com quem deixar o filho dele. - assinto para que ele continue. - Tudo bem dele ficar aqui?

H: Ele tem quantos anos?

F: Tres. É um bebê praticamente. - concordo e ele me olha em dúvida. - Tem certeza?

H: primeiro que a casa é sua e você pode trazer quem você quiser. - ele nega.

F: É nossa... nossa casa. Só trarei alguém aqui com sua permissão. - abro a boca para discutir sobre mas ele me interrompe antes mesmo de eu começar. - Não se fala mais sobre a assunto, tudo bem?

H: Ok... Mas iria dizer que posso tentar. - ele sorri.

F: Certeza mesmo? - concordo. - Então tabom. - Ele liga o celular novamente e fala que pode trazer o menino que se chama Theo. - Já já eles chegam.

H: Tudo bem. Vamos levantar? - pergunto e ele concorda se levantando junto a mim mas me puxa ficando quase grudada no seu corpo. Ele se abaixa e deixa um beijo na minha boca assim como eu fiz nele.

F: Eu te amo. - sorrio.

H: Eu também. - ele sorri e me abraça.

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