Capítulo 19

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Felipe Bellini

A adaptação das meninas foi melhor do que eu esperava. Estou tentando ao máximo para que elas se sintam em casa e confortável.
Também, a introdução do Eduardo na vida delas tem sido um avanço e tanto. Helena já o chama de pais Heloísa já deixou escapar essa palavra algumas vezes. Apenas Hellen que ainda o chama de Eduardo, mas isso é algo que não está sendo imposto para a mesma.

H: Fefe, pu que a casa não é rosa? - Helena me pergunta com seus olhos curiosos.

Helena já é curiosa normalmente, mas hoje parece que triplicou. Tudo ela pergunta, desde a cor da casa a porque eu não tenho "florzinha" igual ela. Sim, ela voltou nesse assunto. Estou pensando seriamente em dar uma aula de educação sexual para elas, afinal, elas precisam saber o que é certo e errado.

F: Porque não pequena. Quando comprei a casa ela já estava com essa cor. - explico tirando ela do chão e colocando ela sentada no sofá. A mesma resmunga e desce do sofá de novo sentando no chão para brincar com alguns brinquedos que Eduardo trouxe. - Fica sentadinha aqui no sofá meu bem. O chão está gelado.

H: Naum, a lelena quer blincar. - nega sem me olhar. Suspiro, ela não vai desistir. Olho no meu relógio e vejo que já se passa das 21h.

F: Que tal a gente tomar um banhozinho bem quentinho? - pergunto chamando sua atenção. - A gente leva seus brinquedos e você brinca banheira, o que acha?

H: Vai dar banho na lelena? - pergunta.

F: Não princesa, você sabe que não pode. - falo.

H: É puque você não tem florzinha? - pergunta novamente me fazendo rir. Ajoelho ao seu lado ficando na sua altura.

F: Princesa, presta atenção. - peço segurando suas mãozinhas. Seus olhos extremamente azuis se encontram com os meus fazendo meu coração acelerar. - Eu já te disse o porque de eu não poder te dar banho. - ela faz um biquinho choroso. - Menino não pode ver menina sem roupa, entende?

H: Mas fefe, o tio da helo já viu ela valias vezes sem roupinha. - fala e eu fecho os olhos sentindo ódio daquele canalha.

F: Isso o que ele fez, é errado. Não pode. - vejo seus olhos lacrimejarem e logo as lágrimas começam a cair. - Porque está chorando meu amor? - pergunto sem entender.

H: A Hellen tá bligando comigo. - fala e eu levanto a pegando no colo.

F: Passou bebê, calma. - vou subindo as escadas em direção ao seu quarto. - Eu vou conversar com ela. - Falo passando a mão nas suas costas. - O que ela falou para você?

H: Falou que eu sou isupoutavel, e que eu sou chata. - me aperta impedindo que eu a coloque na cama. Me sento com ela em meu colo.

F: Você não é insuportável e não é chata princesa. - ela me olha. - Você é minha bebezinha. - faço cócegas na sua barriga e ela ri. - Esquece isso princesa. Que tal você tomar um banhozinho bem gostoso enquanto eu preparo sua mamadeira? - pergunto e vejo seus olhos brilharem.

A primeira vez que ela tomou mamadeira foi motivo de risos. Mesmo depois de acabar ela queria continuar com a madeira, porém convenci ela a soltar apresentando para ela também uma chupeta. Sinceramente, eu quase me derreti de tão fofo que foi.

H: Solta a lelena fefe, você plecisa ir plepalar o meu mama. - diz se balançando no meu colo para descer. A coloco no chão e a mesma corre em direção ao banheiro.

F: Cuidado para não se machucar pequena. - ela murmura um desculpa. - Estou lá em baixo, qualquer coisa me grita. - ela concorda e eu saio do quarto.

Para a minha felicidade, todos os problemas do hospital estão sendo resolvidos, então, posso dar mais atenção para minhas meninas.

Subo para o quarto novamente e encontro Helena com um pente na mão já de pijama.
Sorrio vendo ela vestir um pijama de pelinhos com desenhos de fada. A coisa mais fofa desse mundo.

F: Deixa que eu te ajudar pequena. - me aproximo pegando o pente de sua mão. Penteio e seco seus cabelos extremamente loiros. Tive que pedir algumas dicas da minha mãe de como cuidar delas nesse sentido, e minha mãe fez questão de me dar uma aula com todos os detalhes.

Assim que termino vejo Helena quase dormindo. Pego ela no colo e me sento em sua cama, entrego a mamadeira para ela que pega sem reclamar.
Helena toma tudo mas continua lutando contra o sono. Ela ergue seus bracinhos pedindo colo e sorrio fazendo a vontade da mesma.

A pego no colo e ando pelo quarto enquanto canto uma música baixinho. Aos poucos sinto seu corpo relaxar e sei que ela dormiu.
Deito Helena na cama e sorrio a ver com um biquinho. Dou um beijo em sua testa e suspiro, minha vida realmente mudou depois das minhas meninas.

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