Capítulo 26

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Aviso: Gente, a partir de hoje não vou mais colocar a narração da Heloísa com o nome da personalidade embaixo, ok? Vou colocar o nome de cada uma individualmente pra ficar melhor de entender.

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Hellen Carter

Depois desse começo de manhã cheio de emoções, descemos para tomar café. Felipe pediu para que eu colocasse as coisas na mesa e assim fiz.
Poucos segundos depois de eu colocar uma xícara na mesa a campainha tocou. Felipe saiu da cozinha indo em direção a porta e eu respiro fundo tentando acalmar meus nervos enquanto me sento na cadeira.

F: Hellen. - olho para ele e meu sangue gela ao ver outro homem sem ser ele e o pai da Heloísa. - Calma, está tudo bem. - concordo tentando manter a calma. - Esse é meu irmão Diego e esse é o Theo, meu sobrinho. - aponta para o garotinho que está em seu colo.

D: Oi Hellen. - murmuro um oi baixo. - Fique tranquila, não vou te fazer mal algum e além disso já estou de saída. - Apenas aceno com a cabeça. - Se comporta garotão. - Fala com o menino e se despede do Felipe saindo do meu campo de visão.

F: Foi muito bem. Estou orgulhoso. - diz sorrindo para mim. - E você cara, tudo bem? - pergunta olhando para o sobrinho que concorda e enche ele de beijos. Espero do fundo do meu coração que Helena não acorde nesse momento. - Essa é a Hellen, da oi. - Ele da um "tchauzinho" com a mão e esconde o rosto no pescoço do Felipe. Sorrio achando a cena fofa. - Vamos tomar café? - pergunta para ele que concorda.

T: Quelo tetê - aponta para a mamadeira na mochila com alguns desenhos de carros. Felipe concorda e esquenta a mamadeira do Theo entregando para o mesmo que vai até a sala se deitando no sofá.

F: Tudo certo? - pergunta olhando para mim. Apenas concordo com a cabeça e começo a tomar meu café.

~ Helena: Hellen, quem é aquela quiança? - escuto a voz da Helena.
Hellen: sobrinho do Felipe, por que? - pergunto.
Helena: Ele não gosta mais da lelena? - pergunta com a voz embargada.
Hellen: Claro que gosta. É que o pai no menino teve que sair e não tinha com quem deixar ele.
Helena: Agora ele vai molar aqui? - seu choro aumenta. - Então o daddy vai esquecer de mim.
Hellen: Helena, não é isso. Só volta a dormir. - falo e ela resmunga irritada.
Helena: Ninguém gosta de mim. - fala e depois fica quieta. Suspiro. ~

F: Hellen? - fala alto me assustando um pouco . - Desculpa, não queria te assustar. - Concordo. - Escutou o que falei?

H: Desculpa, Helena estava falando e não consegui prestar atenção. - seu olhar parece surpreso. - O que disse? - pergunto.

F: Perguntei se está tudo bem? Está quieta desde a hora que descemos. - suspiro.

H: Só muita informação de uma vez. - ele concorda.

F: O que Helena estava falando? - pergunta parecendo preocupado.

H: Disse que você não gosta mais dela e que vai esquecer dela. - ele sorri negando. - Ela te chamou de daddy.

F: Imaginei que ela ficaria assim. E sobre o daddy, eu pedi pra ela me chamar assim. - toma um gole do seu café.

H: Sabe que não tem mais volta, não é? - olho para ele que me olha sorrindo.

F: Sei e não quero que tenha. - sorrio também. Escuto passos e vejo Theo vindo em nossa direção.

T: Cabou. - entrega a mamadeira para Felipe.

F: Muito bem, tomou tudo. - ele sorri e me olha estendendo a mãozinha.

T: Blincar. - olho para o Felipe que sorri e concorda. Me levanto da mesa e vou com Theo segurando minha mão até a sala. Ele me chama para sentar no chão e assim eu faço. - Cainho. - Me mostra um carrinho azul e um verde.

Fiquei um pouco perdida sem saber o que fazer ou falar, até porque nunca tive contato com uma criança ser ser a Helena. Logo Felipe chegou na sala e começamos a brincar juntos. Na verdade estava apenas acompanhando eles nas brincadeiras.

Suspiro me sentindo bem e por um momento imagino Felipe sendo pai. Ele iria ser ótimo nessa tarefa, da para perceber apenas pelo olhar que ele tem para o sobrinho. Seria um filho nosso?

O que eu estou pensando? Não, não sirvo para ser mãe, na verdade, não servimos. Balanço a cabeça afastando esses pensamentos e me concentro no agora. Felipe me olha e sorrio disfarçando a névoa de pensamentos negativos que se habitou em mim.

Felipe Bellini

Quando Hellen disse o nome da Helena no café deduzi que teria um grande problema pela frente. Talvez um pouco de birra ou manhã quando ela assumisse o controle mas não. O que aconteceu me preocupa dez vezes mais do que uma birra: Helena não assume a uma semana.

As meninas me disseram que ela acorda mas fala pouquíssimas coisas e sua voz é sempre de choro. Já tentei de tudo para falar com ela mas nada adiantou. Eu imaginei que ela sentiria ciúmes, mas não a esse ponto.

Chego em casa depois de um longo dia. Hoje entreguei o laudo da Heloísa que um amigo meu fez essa semana. No caso, quem assumiu o controle no momento foi a Hellen, já que Heloísa estava nervosa demais.
Mas deu tudo certo e como já sabia, minhas meninas possuem posse de todas as suas faculdades mentais e não oferecem nenhum risco para a sociedade. Resta apenas o juíz decretar sua palavra final.

Deixo a chave do carro na bancada da cozinha e meu jaleco na lavanderia. Hoje fiquei mais na parte de atendimentos do que na área administrativa do hospital.

Subo as escadas indo em direção ao corredor dos quartos procurando alguma das minhas princesas. Observo a porta do quarto delas um pouco aberta e me aproximo escutando a voz que mais sentia saudade.

H: Sabe Flor, a lelena tá com saudade do daddy. - flor é o nome da boneca preferida dela. - Mas acho que o daddy já esqueceu de mim. - sua voz está embargada e ela funga sem parar. - A lelena ama muito o daddy, mas acho melhor não atlapalhar mais ele. - acho que uma facada teria sido melhor do que escutar isso. - Eu atlapalho todo mundo Flor. - seu choro agora é intenso e ela solta vários soluços que me quebram inteiro por dentro. Tudo isso é por ciúmes do Theo?
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Flor na mídia.
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