Capítulo 18: O caminho

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Maya

Maddie! - gritei desesperada em direção ao prédio.

- Thomas! - os meninos e Tereza gritaram ao mesmo tempo.

- Droga! - Jorge disse alarmado - Precisamos sair daqui.

- O que aconteceu com eles? - Aris perguntou.

Jorge não respondeu.

- Responde! - gritei, agarrando-o novamente pela jaqueta e o empurrando até uma parede próxima.

- Eu não sei! - o homem respondeu - Olha... Brenda é esperta e conhece o lugar como ninguém. Deve ter achado um jeito de escapar com eles. E, se escapou, ela sabe para onde eu vou levar vocês, então precisamos ir.

- E se ela não tiver achado um jeito de escapar? - Minho perguntou atrás de mim.

- Nós só vamos saber quando chegarmos ao nosso próximo local, hermano - Jorge respondeu.

Ele arrancou minhas mãos de sua jaqueta com delicadeza.

- Eu sei que estão desesperados. Brenda é como uma filha pra mim, então eu também quero mais que tudo que eles tenham escapado. Mas ficar aqui e brigar não vai adiantar - ele racionalizou - Precisamos fugir antes que eles - e apontou para os helicópteros que ainda sobrevoavam ao nosso redor - nos alcancem.

Todos respiramos fundo por um momento, nos dando conta de que não estávamos a salvo. Meus amigos ajeitaram as mochilas nas costas e pareceram prontos para seguir Jorge.

- Venha, hermana - o homem grisalho me chamou - Precisamos ir.

Ele indicou um corredor para dentro da nova estrutura despedaçada e todos começaram a se encaminhar para lá.

Dei uma última olhada para o prédio destruído, o coração afundando e as lágrimas novamente se acumulando em meus olhos. Olhei por fim para um dos helicópteros, a raiva se assomando ao resto dos meus sentimentos.

Janson havia me feito perder mais uma pessoa.

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Caminhamos devagar pelo novo lugar, as lanternas iluminando pouco à nossa frente. O corredor era irregular, empoeirado e fedia a algo que eu não sabia identificar. Ratos caminhavam nos cantos das paredes, fugindo de nós. Jorge nos guiava resignadamente, adentrando um corredor após o outro sem nos explicar onde nos levava.

O lugar não me era estranho, mas eu não fazia ideia do que podia ser. Algo nas paredes desgastadas e no pequeno labirinto que se formava por conta da sucessão de corredores. Algumas portas começaram a aparecer, a intervalos de alguns metros. A maioria delas parecia quebrada ou faltando. Meu cérebro vibrava tentando saber porque aquilo era tão familiar.

- Ei, o que está fazendo? - Newt perguntou baixinho.

Ele havia se aproximado sem que eu percebesse e eu me assustei um pouco. Os outros caminhavam um pouco à nossa frente e não prestaram atenção na aproximação.

- Anh... o que? - perguntei.

- Isso - ele apontou para a minha mão - O que você tá fazendo?

Olhei para baixo e só então notei o gesto que estava fazendo inconscientemente. Dedo indicador apontando pra frente, a mão espalmada em cima do coração e depois a mão em punho no mesmo lugar. Repetidamente. O gesto de Maddie.

Ao perceber o que estava fazendo, recolhi minha mão e a coloquei de volta ao lado do corpo.

- Ah... isso - sussurrei e não disse mais nada.

The Maze Runner: Love Trials [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora