Dayane Pov
Estava simplesmente me sentindo no paraíso, ter acordado ao lado de Carol depois de semanas sem poder sequer falar com ela era quase mágico. Não me atrevi a me mexer, não queria que Carol acordasse ainda, apesar de eu precisar levantar para ir ao banheiro, apenas me estiquei um pouco e peguei meu celular checando se já estava no horário dos remédios que eu ainda estava tomando.
Aproveitei que já estava com o aparelho em mãos para responder a mensagem de Fernanda que me perguntou se eu e Carol não gostaríamos de almoçar com ela. Eu não me incomodaria nem um pouco de almoçar com minha irmã, mas precisava falar com Carol antes.
- Diz pra ela que nós vamos. - Ouvi a voz rouca de minha namorada, ignorei o pequeno susto que ela me deu para responder Fernanda rapidamente.
- Eu te acordei? - Perguntei lhe encarando.
- Não, eu já estava acordada, na verdade. Apenas fiquei quietinha, queria te sentir.
Sorri boba, me virando de vez e ficando de frente para Carol, o sol entrando pela janela e contrastando com seu cabelo a deixava ainda mais bonita.
- Não me olha assim, eu fico sem graça. - Caroline escondeu seu rosto em meu peito.
- Eu te olho assim toda hora. - Devolvi, minha mão subindo até o seu cabelo.
- Eu senti falta de ficar assim com você. - Ela sussurrou.
- Eu também, mas nós vamos aproveitar essas duas semanas.
Carol concordou com a cabeça e deixou um beijo em minha clavícula antes de se levantar enrolada no lençol.
- Vou tomar um banho, vê se ainda tem café da manhã pra gente? - Ela pediu com um sorriso.
Acenei hipnotizada nela e suspirei quando Caroline saiu da minha visão, sai da cama e me vesti rapidamente, poderia tomar banho depois. Liguei na recepção logo descobrindo que o horário do café da manhã já havia acabado.
- Amor, já acabou! - Bati na porta a avisando.
Tornei a me sentar na cama apenas para calçar meu tênis, sabia que sairíamos para comer. Dito e feito, Carol saiu do banho já devidamente vestida e com um sorriso no rosto ao me ver pronta.
- Amo como você me conhece. - Ela pegou seu celular antes de vir até mim e me dar um selinho.
- Imagino que esteja com fome, taurininha. - Entrelacei nossos dedos enquanto saíamos do quarto.
- Claro que estou, não como desde de ontem.
- Onde quer ir? - Perguntei quando já estávamos na fachada do hotel.
- Eu não sei, nunca vim em LA. - Caroline deu de ombros.
- Nem eu.
- Como não? Sua irmã mora aqui!
- É, mas nunca tinha vindo aqui até ontem. Nossos destinos de férias eram em outros lugares.
- Tadinha da Fernanda, vocês nunca vieram ver a casa dela.
Revirei os olhos rindo e dando um beijo na bochecha de Carol, meu celular em mãos enquanto procurava o Starbucks mais próximo.
- Quer ir andando? Fica a 5 minutos daqui. - Perguntei.
- Claro, podemos ir conhecendo o local.
Tornei a guardar meu celular e começamos a caminhar em direção ao estabelecimento, não tinha muito segredo era basicamente seguir reto a vida inteira. O dia estava agradável, tinha sol, mas não estava muito quente. Nos sentamos em uma mesa do lado de fora, depois que fizemos nossos pedidos.
- Contei para Luísa do plano do meu irmão e da sua mãe, acho que ela nunca foi tão fã do Rafa. - Carol comentou com o celular em mãos.
- Isso me lembra de avisar os meus amigos que eu escapei da prisão domiciliar. - Lembrei que não falava com os meus amigos a um bom tempo já que eu estava sem celular e eles não podiam me visitar sempre.
- A gente vai precisar falar com o professor de Historia quando voltarmos. - Carol suspirou, ainda tínhamos o trabalho gigante.
- Acho que ele irá entender, não tínhamos o que fazer.
- Eu tentei continuar sem você, está quase completo, mas falta uma parte que ficou com você.
- Amor! Não precisava, nós podíamos ter feito juntas. - Reclamei.
- Eu sei, mas eu achei que dava para terminar assim não perderíamos nota e nem o prazo. - Ela deu de ombros.
- Tudo bem, a gente resolve isso quando chegarmos em São Francisco.
Carol concordou comigo e depois disso trocamos de assunto tentando decidir o que faríamos até nossos amigos chegarem em LA também, já que quando eles chegassem iriamos curtir juntos.
Nosso café da manhã terminou com uma volta na orla perto do nosso hotel, que ficava em Venice Beach. Mas não demoramos muito por lá já que Fernanda morava em Santa Maria e ainda precisávamos chegar até sua casa.
- Eu poderia morar aqui facilmente. - Carol comentou enquanto andávamos, o som das ondas ao fundo.
- Sério? Por que não tenta a UCLA? - Comentei.
- Será? Eu morro de medo de não passar. - Caroline confessou.
- Eu também, mas vou tentar mesmo assim. - Dei de ombros. - É um jeito de ficar longe do meu pai e ainda poder fazer o curso que eu quero sem ter ele dando pitaco.
- Até que é uma boa ideia... Eu não sei se vou herdar a empresa do papai, não depois de tudo isso, mas continua sendo o que eu quero fazer. - Ela suspirou. - Podemos dividir um apartamento.
- Eu iria amar dormir e acordar com você. - Apertei sua mão com um sorriso.
Não passamos muito mais tempo por ali e logo pegamos um ônibus até Santa Maria, já que não tínhamos carro.
- Será que deveríamos considerar alugar um carro? - Carol perguntou quando já estávamos na porta da casa de Fernanda.
- Eu não sei se compensa, amor. - Bati na porta. - Mas nós podemos ver.
- Podem ver o que? - Minha irmã perguntou ao abrir a porta com um sorriso. - Oi! Entrem, entrem.
- Estamos discutindo se compensa alugarmos um carro.- Abracei minha irmã apertado.
- Que besteira! Peguem o meu carro, eu e David podemos dividir o dele. - Fernanda respondeu enquanto abraçava Carol.
- TIA DAY! - Ouvi um gritinho infantil me impedindo de responder Fernanda.
- Oi, meu amor! - Me abaixei para receber Olivia em meus braços.
A envolvi num abraço apertado enquanto ainda podia ouvir Carol e Fernanda discutindo ao fundo sobre o carro.
- Quem é sua amiga bonita? - Olivia perguntou depois de me soltar.
Puxei Carol para perto de nós, a ruiva se abaixou ao meu lado com um sorriso.
- Essa é minha namorada, Liv, a Carol.
Caroline acenou com a mão dizendo um 'Oi' tímido, até que minha sobrinha simplesmente se jogou em cima de Caroline a abraçando apertado e retribuindo seu cumprimento.
- Tem certeza que não tem problema ficarmos com seu carro? - Perguntei para Fernanda mais afastada de Carol e Olivia.
- Claro que não, tá tudo bem. - Ela sorriu. - Vem, vou te mostrar o resto da casa enquanto o almoço não fica pronto.
Apenas me deixei ser guiada por Fernanda depois de confirmar que Carol estava se dando bem com Fernanda, poderíamos discutir os detalhes mais tarde.
Curtinho para não deixar vocês sem nada :)
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Inevitável - DAYROL
FanfictionOlá, bem vindes a fanfic mais clichê e leve que vocês já leram. Onde Day e Carol se odeiam durante o dia pelos corredores do CSF (Colégio San Francisco) mas se apaixonam todas as noites uma pela outra.