19 - Por do Sol

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Caroline Pov

Passamos a maior parte da semana turistando por LA, ficamos com Olivia e Thomas mais algumas vezes, mas no geral aproveitamos muito nosso tempo sozinhas. Hoje era o último dia antes dos nosso amigos chegarem, iriamos no Cathy's Corner quando o sol começasse a se por e eu não poderia estar mais ansiosa. 

- Acha que o céu vai ficar bonitinho igual em La La Land? - Perguntei para Day, estávamos arrumando algumas coisas em uma mochila para fazermos um lanchinho por lá. 

- Sonhar é de graça, né? - Ela riu. - Mas ia ser legal se ficasse. 

- Você sabe que vai ficar encarregada de tirar altas fotos minhas, não sabe?

- Claro que sei, assim como você sabe que eu sou uma fotografa de categoria. - Se aproximou e suas mãos viajaram até minha cintura. - Você está linda. 

Sorri, ainda ficava sem graça algumas vezes, principalmente quando Dayane me encarava nos olhos igual agora. 

- Eu estou? Me arrumei só para minhas fotos. - Brinquei. 

- Mentira, eu sei que você sabe que te amo nesse jeans. - Ela me deu língua.

- Estou ansiosa, podemos ir logo? - Perguntei, meus braços em volta do seu pescoço.

- Ainda está meio cedo, mas podemos. - Sorri. - Eu vou devagarzinho. 

Day se afastou pegando a mochila com nossas coisas e eu saí do quarto tendo-a no meu enlaço com a chave do carro e do quarto em mãos.

- Me da a chave do quarto, vou colocar na minha carteira. - Avisei pegando o objeto que era igual um cartão.

- Eu escolho a música! - Day alegou depois de abrir a porta do carro para mim.

- Vamos revezar. - Lhe encarei pedindo.

- Mas amor você sempre escolhe.

- Por favoorr. - Olhei em seus olhos e eu sabia que ela não diria não.

- Tá bom, tá bom. - Revirou os olhos. - Mas eu acho bom que você coloque um Paramore no meio das suas escolhas. 

- Prometo! - Beijei sua bochecha e então coloquei o cinto. 

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Dayane parou um pouco perto do local, mas o suficiente para que fossemos andando e pudéssemos aproveitar a brisa. Segurei sua mão com um sorriso enquanto a seguia em direção ao ponto mais alto.

- O por do sol pode até não ser igual, mas é lindo. - Ela deu de ombros, sentamos no banquinho. 

Estava mais vazio do que eu esperava, na verdade não tinha praticamente ninguém, estranhei.

- Está tão vazio. - Comentei. - Nem achei que conseguiríamos sentar aqui.

- Eu também achei. - Day respondeu. - Cara, eu estou no mesmo banco que a Emma Stone pisou! Posso morrer tranquila.

- Essa é sua maior conquista da vida? - Perguntei rindo.

- Não, essa é você. - Ela sorriu boba. 

- Que gay, Dayane. - Segurei seu rosto lhe dando um beijo. 

- Você adora esse meu lado. - Day mordeu minha bochecha em seguida deixando um beijinho. 

- Não direi nada, tudo pode ser usado contra mim depois. - Nós duas rimos, nossas mãos juntas e o sol finalmente começando a cair. 

Me sentei melhor no banco, minha cabeça no ombro de Dayane enquanto observávamos as luzes se acenderem abaixo de nós. Eu estava completamente distraída e encantada, acho que não tinha tido uma semana tão pacifica nos últimos meses. 

- Carol? - Ouvi a voz baixinha de Day e eu me virei para encara-la. 

- Oi. - Respondi no mesmo tom. 

- Eu te trouxe uma coisa. - Sorriu sem graça. 

- O que é? - Perguntei curiosa, dando toda minha atenção para Dayane.

- Eu sei que a gente já namora, que isso não mede nada na nossa relação e que eu te dei o colarzinho e tudo mais. - Toquei o pequeno pingente em meu pescoço com um sorriso, imaginando onde ela queria chegar. - Mas, você sabe que eu sou uma boba romântica. 

- Eu sei. - Concordei com a cabeça, mini lagrimas em meus olhos, o tanto que Dayane era uma boba romântica, eu era de chorona.  

- Então, eu comprei esses aneizinhos para nós. - Tirou a pequena caixinha do bolso da sua jaqueta jeans. - São bem finos porque eu sei que cê não gosta muito dos grossos. - Ela sorriu nervosa antes de abrir a caixinha.

Eu tinha plena consciência que Dayane conhecia meu gosto, mas ver o par na minha frente me deu total certeza de que ela não poderia ter escolhido melhor.  

- Quando eu te pedi em namoro, não te disse nada bonitinho porque eu tava nervosa e você sabe que eu não funciono muito bem nervosa, mas agora você já é minha namorada então não tem devolução ok? Não gostou do que eu disse, dorme que amanhã é um novo dia. - Ela brincou.  - O dia em que eu te conheci, eu sabia que era você. Sabia também que era um risco, que não seria um mar de rosas, mas depois da nossa conversa naquela sala de artes eu tive certeza que não tinha volta e de que arriscaria tudo por nós. Nós somos jovens, temos tempo e por isso não te peço em casamento hoje. - Day riu. - Mas, se você quiser me dar a honra de ser sua namorada por mais uns bons anos, antes de ser minha esposa, eu prometo te amar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença da forma mais leve e livre que pudermos ser. 

- Day... - A puxei para perto, com mais lagrimas que antes. - Eu aceito. 

- Eu nos declaro namoradas. - Ela sorriu antes de me puxar para um beijo lento.

- Será que você acertou o tamanho do meu anel? - Perguntei ao nos separarmos. 

- Claro que sim. - Dayane deu um sorriso orgulhoso. - Roubei um anel seu para descobrir isso! 

- Eu bem estava dando falta de um! Sua ladra. - Acusei rindo.

- Foi por uma boa causa! - Se defendeu. 

- Estou com fome. - Comentei baixinho, ficando feliz ao ver Dayane pegar a mochila e tirar de dentro dela o sanduiche que havíamos feito antes de sair. - Eu te amo. 

- Eu também te amo. - Me deu um selinho.

- Sabe, o nosso por do sol foi bem melhor do que o de La La Land. - Beijei sua bochecha. - Obrigada por isso.

- Disponha. - Day respondeu devolvendo o beijinho. 

Ainda ficamos ali por um bom tempo aproveitando a brisa gostosa e vendo as luzes acesas na nossa frente antes de voltarmos para o hotel com sorrisos bobos no rosto e o coração quentinho. 




Estamos chegando na reta final :( 


Inevitável - DAYROLOnde histórias criam vida. Descubra agora