Rafael Pov
- VOCÊ FEZ O QUÊ?! - Meu pai gritou assim que contei a ele e minha mãe onde Carol estava.
- Eu simplesmente ajudei minha irmã antes que vocês sequer tivessem mais uma filha para atormentar. - Dei de ombros sentado tranquilo no sofá.
Na noite que tirei Carol de casa, nossos pais tinham tido um "problema" com um contrato, problema esse que eu mesmo inventei ao mandar um e-mail falso para eles. Por esse motivo, nenhum dos dois sabia que Carol não estava mais em casa.
- Atormentar?! Nós estamos cuidando da sua irmã, Rafael! - Minha mãe se intrometeu. - Você viu o que a desmiolada da filha dos Lima fez? Sua irmã poderia ter morrido.
- Eu sei, sei muito bem disso. Tanto sei que tenho plena noção que vocês como "pais preocupados" deveriam tirar o olho das suas contas bancarias e perceber como Day faz a Carol feliz.
- Ela não precisa de ninguém pra ser feliz, cadê o feminismo?!
- Ora, tenha santa paciência, pai. São coisas completamente diferentes, é claro que ela não precisa da Dayane para ser feliz, pelo amor de Deus, mas você chegou a reparar como ela andava mais feliz? Mesmo com a ameaça constante de vocês descobrirem e tornarem a vida da menina ainda mais difícil.
- Se ela consegue ser feliz sem a tal garota, não sei porque estamos discutindo. - Minha mãe cruzou os braços, se sentando na poltrona ao canto da sala.
- Porque vocês precisam tomar vergonha na cara, onde vocês se perderam? Nós éramos unidos, porra! Férias em família, noite de filmes e jogos... - Suspirei. - Hoje, vocês vivem por aquela maldita empresa, que, sinceramente, lhes trouxe tanto prejuízo familiar que se eu fosse vocês reveria o meu conceito de família feliz.
- Ainda somos unidos, Rafael, o inimigo que está tentando nos separar.
- Se por inimigo você quer dizer você mesmo, está mais do que certo pai.
Eu já tinha ido muito contra os ideias dos meus pais para saber que toda a picuinha deles com os Lima não passava de pura lavagem cerebral feita pelo meu avô. O pai do meu pai odiava com todas as forças os Lima, não era de se surpreender que ao passar a empresa para o meu pai ele teria colocado as mesmas abobrinhas em sua cabeça.
- Nós somos felizes! Temos uma ótima condição de vida, todos vocês tem um carro, ganham o que pedem! Custava fazer a única coisa que pedimos? - Minha mãe tentou ajuda-lo.
- Somos felizes, mãe? Por acaso, eu pareço feliz pra você? Caroline parecia feliz essas últimas semanas? E eu não vou nem mencionar o Renan, as coisas se tornaram tão insuportáveis para ele que ele simplesmente mudou de país! Isso é felicidade pra você?
- Mas... Mas nós demos a melhor das melhores vidas para vocês. - Meu pai se sentou ao lado de minha mãe.
- É preciso mais do que dinheiro para manter uma família unida, pai. Você acima de todas pessoas deveria saber disso, por que a vovó se separou do vovô?
- Ela... Ela alegou que ele se tornou um viciado no trabalho.
- Mas eles eram ricos não eram? - Ambos concordaram com a cabeça. - Não se manterão juntos e muito menos foram felizes, interessante não é?
- Rafael...
- Não. - Cortei minha mãe me levantando. - Eu já ouvi demais de vocês. Não estou pedindo para que recebam Dayane de braços abertos, mas entendam que não são vocês quem vão as separar.
Me levantei para sair da sala, tendo o olhar dos dois sob mim.
- E outra coisa - Continuei. - Chamem a Day pelo nome, porque eu sei por um fato que ela daria a vida pela Carol se fosse preciso, então o mínimo é que a chamem pelo nome.
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Inevitável - DAYROL
FanfictionOlá, bem vindes a fanfic mais clichê e leve que vocês já leram. Onde Day e Carol se odeiam durante o dia pelos corredores do CSF (Colégio San Francisco) mas se apaixonam todas as noites uma pela outra.