25 - Epílogo

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4 Anos Depois

Dayane Pov

- Sra. Lima? - Ouvi batidas em minha porta seguida pela voz de minha secretária, Bianca.

Apenas a encarei esperando que ela prosseguisse.

- Sua esposa está na linha 2, ela disse que era importante.

- Tudo bem, obrigada Bianca. -Agradeci confusa, Caroline e eu trabalhávamos no mesmo prédio e no mesmo andar!

Faziam apenas dois anos que nós havíamos unido as empresas que antes eram comandadas por nossos pais. Honestamente, foi a melhor decisão que tomamos, conseguimos duplicar os lucros e ainda abrir outras filiais.

- Amor? - Atendi o telefone na linha dois.

- Oi, baby! - Sua voz estava distante e alta, ela deveria estar longe.

- Aconteceu algo? Por que não veio aqui?

- Não estou na empresa. - Sua voz se tornou mais clara. - Estou em casa.

- Em casa?

- Sim, baby, a aula dos meninos acabou mais cedo. - Sorri com a pequena e única menção dos nossos filhos.

Caroline e eu havíamos adotado dois irmãos a um ano, Cecília e Theo de apenas cinco e seis anos, respectivamente. Foi quase amor a primeira vista ao vê-los no orfanato.

O período de adaptação foi um dois mais difíceis, ainda estávamos nele, mas agora muito mais estabelecidas do que antes.

- Aconteceu alguma coisa na escola? - Perguntei já começando a juntar minhas coisas, faltavam apenas 30 minutos para o fim do expediente.

Eu e Carol fazíamos muita questão de estar em casa com nossos filhos e gatinhas o máximo possível, tentávamos ao máximo manter o trabalho no trabalho. Não queríamos cometer os mesmos erros do passado.

- Parece que uma das professoras passou mal e eles foram liberados, você estava em reunião então eu fui buscá-los. - Concordei com a cabeça mesmo sabendo que ela não veria. - Theo, desce daí! - A linha ficou muda por uns instantes. - Desculpa, seu filho arteiro queria subir em cima dos armários!

- Puxou você, atentada.

- Nossa quanta mentira, quem tem mil fotos de gesso é você. - Nós duas rimos, éramos terríveis quando criança. - Enfim, o que eu realmente precisava dizer é que eu saí com o carro.

- Já estava imaginando. - Nós tínhamos cada uma seu carro, mas não fazia sentido ir de dois carros para o trabalho já que estávamos indo para o mesmo lugar, a não ser em casos especiais.

- Posso ir te buscar ou você pode voltar de táxi. - Escutei barulhos de algo caindo.

- O que foi isso? - Perguntei meio preocupada.

- Theo derrubou os copos de plástico de brinquedo dele, nada demais. - Theo era extremamente curioso e até um pouco hiperativo, eu diria. Completamente diferente da irmã que era a calmaria em pessoa.

- Vou ver se a Nana já saiu, amor. - Avisei. - Se ela estiver indo pra casa eu volto com ela, tá?

- Tudo bem, me liga viu?

Concordei e nos despedimos rapidamente, liguei para Elana tentando descobrir se ela ainda estava saindo do trabalho.

Felizmente, Elana e eu éramos vizinhas. Ela e Sofia haviam se mudado para a casa em frente a nossa, pouco mais de dois meses. Sofia trabalhava para uma grande companhia de maquiagem e Elana era produtora musical.

Inevitável - DAYROLOnde histórias criam vida. Descubra agora